29 de março de 2024
Editorial

Gilmar "Noel" Mendes

Foto: Arquivo Google – Noticias Brasil Online

O STF é composto por 11 ministros. No papel que lhe cabe, o supremo tribunal é o guardião da constituição. No entanto, a sociedade vê o desempenho monocrático do ministro Gilmar Mendes, que a todos solta, concedendo habeas corpus, impedindo investigações, etc… Faz-nos crer que, ou não precisamos do STF, ou não precisamos dos outros dez ministros, que normalmente se calam para indignação nacional.
A composição do STF com 10 ministros e uma Presidente não tem uma hierarquia, ou se a tem, não é respeitada. Afinal, qual a função da Presidente do STF a não ser representá-lo em cerimônias, entrevistas e presidir as sessões do plenário? Não caberia à Presidente dar um basta nestas atitudes suspeitíssimas de Gilmar Mendes? No mínimo uma conversinha ao pé do ouvido, ou uma intervenção solicitando seu afastamento por total suspeição? A PGR da era Janot pediu o impedimento de Gilmar, mas o colegiado corporativista ficou receoso de ofender “sua majestade”, e até hoje este pedido está engavetado.
Da maneira como este senhor vem procedendo, o STF vai ficar ainda mais desacreditado pela população brasileira. Até quando o STF vai se desmoralizar com as decisões monocráticas, claramente em confronto aberto à Operação Lava-Jato e em apoio à imoralidade e à corrupção de políticos e empresários.
Agora tivemos mais uma decisão insensata de Gilmar: proibir a condução coercitiva feita por juízes. Agora, os bandidos de colarinho branco devem ser avisados de que dia tal deverão depor. Isso dará chances para advogados montarem defesas mentirosas e mirabolantes, bem como outras ações para os pilantras, que ainda poderão dar no pé. Além das protelações que apresentarão. Decididamente, Gilmar pretende enfraquecer o trabalho judicial. É um retrocesso perigoso para a nação!
Está mais do que na hora de tirarmos a caneta das mãos do ministro Gilmar Mendes e darmos a ele um vidro de óleo de peroba. É muita cara de pau, às vésperas do recesso do STF, o ministro Gilmar Mendes, sempre em decisões monocráticas, autorizar a liberação de criminosos envolvidos na Lava-Jato e impedir conduções coercitivas de investigados, com um único objetivo de prejudicar a operação. Parabéns, ministro Gilmar Noel Mendes, o povo agradece.

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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