Em praticamente todos os países do Primeiro Mundo e em muitos outros até de Terceiro Mundo, um condenado já começa a cumprir sua pena antes do fim de todos os recursos. Mas no Brasil, com sua inegável lentidão em todas as esferas dos três Poderes, opta-se pelo caminho oposto.
Pudera! Um Supremo que é composto por ministros que não foram juízes de carreira, por ex-advogados de legendas envolvidas em corrupção e parentes de ex-políticos cassados, não poderia tomar uma decisão imparcial. Fosse séria essa Corte, seu presidente se declararia impedido de votar qualquer processo envolvendo o seu ex-partido. Ou seria atual? E outros, cuja família tem “Ligações Perigosas” – lembram do filme? – com advogados de réus sob julgamento no STF deveriam seguir o mesmo caminho. Sou inocente demais, não?
Na contramão do desejo da imensa maioria dos brasileiros honestos, nossa Justiça ameaça um retrocesso. Caso o STF entenda que a prisão do réu após o julgamento na segunda instância não seja legal, nossa Justiça, que já é lenta para decidir, ficará pior ainda. Quem tiver dinheiro para pagar altos honorários a advogados conseguirá empurrar seus processos até a prescrição dos crimes. Paira no ar um clima de que os crimes de colarinho-branco continuarão impunes. Diante de um STF tão desgastado e desacreditado não é difícil prever o final dessa novela.
As instituições brasileiras estão desacreditadas pela população, que olha com desconfiança para as medidas tomadas por Executivo, Legislativo e, principalmente, Judiciário, que vem interpretando a lei ao sabor do réu ou do interesse da ocasião. E o pior, legislando quando isto não é sua função.
A maioria da população se sente desprotegida, não só devido à legislação benevolente com autores de falcatruas como pela interpretação leniente das leis, notadamente pelas instâncias superiores. O STF terá uma oportunidade de mostrar a que veio no julgamento da prisão em segunda instância. Caberá aos ministros escolher entre o descrédito total ou a esperança para o povo brasileiro.
Tudo que leio sobre a prisão após segunda instância remete à morosidade com que a Justiça atua. O principal vilão é o número de recursos disponíveis às partes. Aí vem minha pergunta: será que não seria mais simples mudar o rito processual, limitando tais recursos? Sabe-se que, numa parcela grande dos casos, a ação é meramente protelatória e limitado a poucos.
A sociedade brasileira espera que seja mantida a prisão imediata após a condenação em segunda instância. O Supremo Tribunal Federal tem uma oportunidade maiúscula de acabar com a pecha de República de bananas que envergonha o nosso país, mantendo a decisão que obriga os condenados a ir para a cadeia sem subterfúgios protelatórios.
Usamos cookies em nosso site para oferecer a você a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar tudo”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.