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Sem essa, como disse o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), que “lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos”.
Sem essa que “repudia peremptoriamente manifestações de natureza antidemocrática e golpistas, e reitera sua defesa da legalidade e das Instituições republicanas”. Nem seu áudio foi “despretensioso”, nem suas palavras foram mal interpretadas.
No áudio dirigido a um grupo de amigos, ele disse ser “questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso” para um “desenlace bastante forte na nação [de consequências] imprevisíveis, imprevisíveis”.
Disse ter muitas informações sobre um “movimento forte nas casernas” e que o país deve estar preparado para viver nas próximas horas, dias ou semanas um “confronto decisivo”. E que Bolsonaro se recupera para “enfrentar o que vai acontecer”.
Pressionado por ministros do Supremo Tribunal Federal favoráveis à sua punição pela fala golpista, Nardes licenciou-se do TCU sob pretexto de cuidar da saúde. Vai deixar a poeira baixar para então reocupar o cargo com a esperança de não ser punido.
Fonte: Blog do Noblat


Jornalista, atualmente colunista de O Globo e do Estadão.