29 de março de 2024
Maria Helena

Vitor Gabriel

Criança, boneco (Foto: Arquivo Google)

Escrevo neste Dia dos Mortos de 2017, para ser publicada no Blog do Noblat de amanhã, 3 de novembro. E o faço profundamente triste. Muitas são as crianças que têm morrido em nossas terras. Quantas crianças o Brasil vem perdendo por ano? Não sei o número exato. O que sei, e o que machuca muito, é a morte de Vitor Gabriel Matheus Leite Coelho, de 3 anos, que brincava na sala de sua casa e que foi atingido por uma bala que não se sabe de onde veio, uma bala das que chamam de perdida!
Um beijo, Vitor Gabriel.
Silêncio também é resposta
No 34º Encontro Nacional dos Procuradores da República, que começou nesta quarta-feira, em Porto de Galinhas (PE), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso, em seu discurso intitulado “Conquistas democráticas, combate à corrupção e ordem econômica”, declarou que “Algumas pessoas tentam disfarçar o compadrio dizendo que estão preocupadas com os pobres. Não creiam nisso. Pobres são presos antes mesmo da decisão de primeiro grau. São presos por tráfico de drogas, roubo, homicídio ou reincidência em furtos. Corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro não são crimes de pobres”.
Palavras de enorme pertinência, corretas e pronunciadas no lugar certo, no momento adequado: para uma plateia de Procuradores da República. Vale ressaltar este detalhe já que hoje em dia, no Brasil, virou moda declarações a qualquer hora, na calçada diante de hotéis, em aeroportos, na saída de eventos públicos ou privados, onde quer que haja microfones e câmeras, repórteres ansiosos por matérias que ajudem a vender os veículos para os quais trabalham.
Ou, o que é pior, em bate-bocas que deixam os brasileiros mais preocupados ainda do que já estão. ‘Silêncio também é resposta’, antigo provérbio português, talvez fosse um bom mantra a ser adotado por nossas autoridades.
Lastimei a troca de farpas entre Luis Roberto Barroso e aquele outro ministro do STF. Não acho que Barroso tenha ultrapassado qualquer linha de conveniência, mas sou de opinião que o melhor que ele devia ter feito era adotar o mantra e ficar em silêncio. Não dar trela a quem não merece, foi um bom conselho que recebi ainda no colégio.
E o que dizer das declarações do Ministro da Justiça, Torquato Jardim? Vejam bem, o homem é Ministro da Justiça! Cargo que já foi ocupado por Ruy Barbosa, Oswaldo Aranha, Tancredo Neves, Seabra Fagundes… Não sei se o que ele disse é vero ou só bene trovato, sei apenas que um Ministro da Justiça só deve dar declarações que sirvam ao bem do Brasil, nunca dizer o que pode vir a prejudicar qualquer unidade da federação.
O que sei também é que o Rio, fragilizado e sofrido, anda muito necessitado da proteção das autoridades e da força de uma Justiça bem aplicada!
Fonte: Blog do Noblat

O Boletim

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