28 de abril de 2024
Turismo

LX Factory a Lisboa que se reinventa

Quem acompanha meus posts, sabe que sou apaixonada por Portugal, e felizmente tenho conseguido ir lá com bastante frequência. É quase impossível falar de Lisboa em apenas um ou dois posts, porque, além das tradicionais atrações turísticas, a cidade vem se transformando numa velocidade incrível. A cada mês são inaugurados uma infinidade de novos espaços, lojas, galerias, restaurantes, rooftops, bistrôs, de todos os tipos e sabores, numa diversidade de opções que fica difícil escolher quando estamos na cidade.
E é sobre um desses lugares que vou falar hoje: o LX Factory, que abriu há relativamente bastante tempo (2008), mas nos últimos anos ganhou mais destaque, e tem a cara dessa nova Lisboa, moderna, criativa, descolada, multicultural, e cheia de delícias e de arte.

Mapa esquemático do LX Factory. (Foto: www.lxfactory.com)

Como tudo começou? A história da LX Factory começa no século 19, mais precisamente no ano de 1846, quando foi criado um grande complexo fabril chamado Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense. Ocupava uma grande área, de aproximadamente 23.000 m2, localizada no bairro de Alcântara e próxima ao rio Tejo.
Ao longo do tempo outras importantes fábricas passaram por ali, até que o local ficou abandonado durante alguns anos.

Em 2008, houve a transformação e o espaço antes puramente industrial, passou a ser um centro de criatividade e vanguarda. Há lojas de design, moda, música, arte, restaurantes e cafés de todos os tipos, e escritórios de arquitetura, comunicação, publicidade, só para citar alguns.

Assim nasceu a LX Factory e, vou confessar sem medo e após duas visitas em distintas épocas do ano, que é um de meus lugares favoritos de Lisboa.

Quem passa pelo portão da LX não imagina o que há lá dentro. A entrada fica meio escondida, a gente tem que prestar atenção para não passar batido.

Entrada da LX quase passa despercebida. Parte da Ponte 25 de Abril, que cruza o rio Tejo, foi construída sobre seu terreno. (Foto: Mônica Sayão)

A LX Factory diz na sua página, “a cada passo vive-se o ambiente industrial”, e “é uma fábrica de experiências onde se torna possível intervir, pensar, produzir, apresentar ideias e produtos num lugar que é de todos, para todos”. A LX Factory foi considerada pela revista CNT um “epicentro da cultura da cidade, uma ilha de 23 mil metros quadrados dedicados à arte, design e música contemporânea”. Segundo resumem, “nas suas ruas revitalizadas não faltam restaurantes, bares, salas de concerto e muitas exposições.”

Hoje são cerca de 200 empresas instaladas lá com mais de mil funcionários.

Vou listar abaixo alguns dos meus lugares favoritos na LX:

Café na Fábrica: é um café delicioso, bem na entrada, com mesas comunitárias ao ar livre, sob as árvores, num ambiente bem informal e simpático.

Café na Fábrica: ambiente bem informal e muito agradável. (Foto: tripadvisor.com.br))
Café na Fábrica: delícias doces e salgadas para acompanhar o café. (Foto: Mônica Sayão)

Ni Michi: culinária latino-americana deliciosa. Eu diria que com mais ênfase na culinária mexicana. É colorido, alegre e muito gostoso.

Ni Michi: ambiente super descolado e comida ótima! (Foto: lxfactory.pt)

Beers – Um espaço onde a cerveja reina absoluta, acompanhando uma carta deliciosa de petiscos. Vale muito conferir!

Beers: tudo muito bom! (Foto: Mônica Sayão)

Chef Nino – Este foi um dos primeiros espaços abertos na LX. Servem crepes, sanduíches, cafés. E os sorvetes são ótimos. Tudo muito gostoso. Seu interior tem uma decoração dos anos 50 e 60.

Chef Nino: ambiente aconchegante e delícias engordantes. Como evitar? (Foto: Mônica Sayão)

Landeau Chocolate – Ganhou a preferência dos portugueses, a ponto de ser chamada de “o melhor bolo de chocolate do mundo”. Não só dos portugueses, diga-se de passagem! Realmente é uma delícia: pouco doce e bem fofo. Sugiro que provem! Sofia Landeau, uma portuguesa com ascendência francesa, é a autora desta verdadeira maravilha.

Landeau: além do bolo de chocolate divino o ambiente é muito estiloso. (Foto: Mônica Sayão)
Landeau: detalhes super charmosos na decoração. (Foto: Mônica Sayão)
Landeau: e aqui está ele. Só pela imagem dá para sentir que é bom demais! (Foto: Mônica Sayão)

The Therapist: um restaurante vegano, que é muito saboroso.

The Therapist: ótima opção para quem gosta de vegano. (Foto: Mônica Sayão)

Wish Concept Store: possui dois ambientes distintos, um de design e papelaria, e o outro abriga uma deliciosa cafeteria. Tudo muito estiloso na parte do design, e tudo delicioso na parte gourmet.

Wish Concept Store: dá vontade de comprar tudo. (Foto: Mônica Sayão)
Wish Store: detalhe das luminárias da cafeteria, que vive cheia. Destaque para o bolo de laranja da casa. (Foto: Mônica Sayão)

Bairro Arte: é um amplo espaço de design irreverente. Faz muito sucesso entre os jovens.

Bairro Arte: A loja é grande e o acervo também. (Foto: Mônica Sayão)
Bairro Arte: telefones retrô e peças de design irreverente. (Foto: Mônica Sayão)

Livraria Ler Devagar: uma das livrarias mais legais da cidade e um símbolo do LX Factory. São dois andares de livros por toda parte e também dois cafés lá dentro. Lugar ótimo para passar um bom tempo.

Só o nome “Ler Devagar” já é inspirador! (Foto: lxfactory.com)

EtnikSpring: loja muito interessante que vende roupas e acessórios femininos, e também peças de decoração, feitos artesanalmente na Tailandia. Vale conferir!

A EtnikSpring vende roupas e acessórios feitos artesanalmente na Tailândia. (Foto: Mônica Sayão)

LX Market: todos os domingos há uma feirinha de artesanato, roupas e objetos vintage na rua principal da LX Factory. É muito simpático andar por ela, há sempre coisas interessantes à venda.Funciona das 11h às 18h. Há sempre coisas interessantes para se adquirir.

Em um frio domingo de inverno, na hora da abertura da feira, o movimento ainda era pequeno. (Foto: Mônica Sayão)
O que foi bom porque tivemos tempo e espaço para bisbilhotar tudo. (Foto: Mônica Sayão)

A LX Factory tem muito mais a oferecer a seus visitantes, como eventos especiais, ateliers de arte, várias outras lojas com mercadoria diferenciada. Assim como vários painéis grafitados ou azulejados, dando uma nova roupagem às fachadas antigas e por vezes deterioradas. Como o exemplo a seguir.

Intervenções artísticas em várias fachadas. (Foto: Mônica Sayão)
Mônica Sayão

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

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