Ninguém tem dúvidas de que esse novo governo é na verdade bem velho. Basta ver a reedição de programas das últimas gestões petistas.
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) está aí de novo com seu viés político, para convencer o brasileiro que está na hora de trocar o velho liquidificador. E quem entrar nessa de outra vez, vai se endividar e quebrar.
Para quem incentivou as vendas da querida “Magalu” e outras a vender mais fogões, não têm o menor pudor de admitir que o sinônimo de povo para a cultura petista é “massa de manobra”. Nada mudou, afinal o povo fica exultante e feliz quando pode comprar uma geladeira nova. E isso é fato.
Então, ninguém há de estranhar se for retomada a mais popularesca correria da mais “nova/velha” classe média às lojas para adquirir produtos da linha branca. Depois é depois.
A nova classe média, que não está nem aí para os apelidos que recebe, vai de novo se endividar com os carnês digitais e ver seu nome no cadastro de inadimplentes ou no ofensivo jargão popular que atribui ao cidadão o julgamento de “nome sujo”.
O pobre trabalhador vai reviver isso, acreditando que agora será diferente. Será, só para as lojas que sobreviverem à atual crise.
Não vai dar certo nem para quem quer fugir da quebradeira, nem para quem não quer ter seu nome no Serasa ou outro sistema de pressão para a quitação de dívidas.
Infelizmente aquelas odiosas ligações de escritórios de quinta categoria – aqueles que fazem o serviço sujo para bancos e lojas, cobrando as dívidas com recursos nada respeitosos.
E pelo jeito, nem mesmo os eleitores de Jair Bolsonaro vão ficar de fora. O neófito senhor presidente vai se encarregar isso, como fez em sua aparição de 30 minutos na rede televisiva de Edir Macedo. A questão é simples de entender: a volta dos polpudos anúncios de estatais, que minguaram nos últimos anos, não como rechaço à mídia, mas pela crise gerada pela pandemia e, em seguida, pelas incertezas geradas pela guerra entre a Rússia e Ucrânia. Não tem bobinho nesta seara e dinheiro não tem religião.
O magnífico presidente afirmou, candidamente, que Bolsonaro e Guedes são os culpados de tudo. Mas de onde veio toda a dinheirama recolhida pela operação
Lava-jato? Os corruptos presos, agora soltos, felizes e saltitantes, tomando sol na praia, acreditam que Deus é brasileiro. O Cabral então, está descobrindo um novo Brasil o da “stfelândia”, a mesma que enfia goela abaixo do país um “sistema moderador”, sem nenhuma consulta popular. Uma forma de impor, pela mão de ferro, um jeito bem getulista de ser.
O pai das inverdades fez considerações tão confiáveis, que causou uma crise aritmética em criancinhas do pré-primário. Ele, magnânimo senhor apaixonado, está tendo quer terminar 186 milhões de obras paralisadas no governo de Bolsonaro. Essa conta, feita com o que separa as suas duas orelhas, colocaria um Brasil de cerca de 210 milhões de habitantes numa das melhores condições de vida do mundo.
Antes que passe a vez, o Cristiano Zanin não é seu amigo. Claro que não, mas seu sogro, Roberto Teixeira, é, de frequentar casa e dar filho para batismo.
O “pessoal” da Faria Lima nunca gostou do PT. Tá, deve muitos tributos ao país e apoiou as candidaturas da esquerda em todas as suas nuances.
Para encerrar a conversa, o presidente respondeu uma questão que ficou suspensa durante as prévias das eleições e nos primeiros sete meses de seu terceiro mandato: o programa do governo é o mesmo dos últimos mandatos petistas, incluindo o de Dilma Rousseff. Então, voltam o PAC, “Minha casa minha vida”, “Mais médicos de Cuba” e nossa grana no bolso alheio. Comprem liquidificadores cambada! E não reclamem depois.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.