16 de setembro de 2024
Ligia Cruz

Depois da fraude, o caos

Imagem: MST

Milicianos chavistas invadem a embaixada argentina, em Caracas, para prender líderes opositores lá refugiados, gerando uma crise diplomática sem precedentes no continente. Entre os asilados está Maria Corina Machado, que se proclamou a real vencedora das eleições, junto com Edmundo González, uma vez que ela foi impedida de concorrer às eleições.

Os países que não aceitaram os resultados das urnas e não reconheceram a vitória de Maduro estão tendo suas representações diplomáticas expulsas da Venezuela. Da lista fazem parte Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Panamá, República Dominicana e Costa Rica. Mas a lista pode crescer. O Brasil, oficialmente caladinho, a não ser pelos representantes enviesados como o chefe do MST, Pedro Stédile, que enviou saudações emocionadas de “compañero”.

O ditador está provocando frontalmente Javiér Milei, chamando-o de covarde e nazifacista e decretando a saída de todo o corpo diplomático argentino do país. Só que, invadir a embaixada de um país é o mesmo que uma declaração de guerra. Diante do grave quadro, vamos ver qual será a reação do presidente argentino, que não leva desaforo para casa.

Maduro é um caudilho falastrão, mentiroso e cruel. Ele não se apieda de submeter seu povo, anos a fio, à fome e à miséria absoluta, aos níveis do escravagismo.

O fato é que a Argentina não aceitará esse tipo de ataque sem reação. Está na hora de Maduro sofrer sanções mais duras por parte de países democratas que vêm se fazendo de surdos até então.

A Venezuela é hoje um país falido, cuja economia, dependente do petróleo que não consegue extrair, porque seu parque de prospecção está todo sucateado. Tem as maiores reservas do mundo, mas não a tecnologia. Por essa razão, se assanha para a Rússia, Irã e China, o trio calafrio das ditaduras.

O povo está nas ruas, se manifestando neste momento. A noite vai ser curta para dormir.

Há vários focos de incêndio por toda a capital. Encapuzados perseguem e agridem pessoas nas ruas.

Tanto lá, quanto cá, o que menos vale é a verdade. A escola é a mesma: acuse-os do que você faz e bata neles com força para que acreditem que são culpados.

Como diz o mui amigo mitômano Lula, “tudo é uma questão de narrativa”.

E assim se estrutura a versão mais vil do golpe à democracia na Venezuela. Mais um, aliás.

O que não sai da boca desses déspotas sanguinários de nações fracassadas é que eles lutam contra a extrema direita mundial. Palavras do fanfarrão bolivariano, mais brega do continente. Isso não vai acabar bem.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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