2 de novembro de 2024
Priscila Chapaval

London London…

Há algum tempo, fui convidada por uma prima para ir a Londres para ajudar a alugar um imóvel para a família morar, por causa da transferência do trabalho para lá por um ano.

Ela estava muito insegura, fragilizada e precisava de mim. Londres até então não era my cup of tea e achava bem melhor se fosse para outras redondezas na Europa mas acabei cedendo pela insistência dela e resolvi acompanhar.

Ficamos num hotel bem moderno no bairro de Kensington num ponto excelente de Londres.

Bem em frente, na calçada, tinha um ponto de ônibus para vários locais e com horários e com pontualidade britânica. Tinha também uma estação de Metrô que nem chegamos a usar, uma vez que no ônibus a gente podia ver tudo o que acontecia por onde passávamos.

A primeira providência foi comprar o passe livre para usarmos bastante os ônibus sem ter que efetuar pagamentos a cada viagem.

Combinamos que nas manhãs e na parte da tarde sairíamos com um corretor de imóveis, e mais tarde a gente sairia para ver lojas, fazer compras no supermercado e visitar alguns lugares interessantes.

Um dia resolvemos que iríamos até Picadilly Center dar uma volta por lá e jantar. Pegamos o ônibus double deck e passamos o passe no aparelho. O aparelho deu vermelho no dela e no meu.

Fonte: Wikipedia

– P.. que pariu….os passem venceram!!!

O motorista um homem muito simpáticos perguntou: -Vocês são brasileiras?

Foi sorte ter um brasileiro e motorista naquela hora, senão teríamos que sair do ônibus e ir atrás de algum lugar para a gente completar crédito nos passes.

Ele então nos pediu para preenchermos uma folha dizendo que éramos turistas e estávamos indo passear e com dinheiro difícil de troco. Isso caso um fiscal entrasse e pedisse para ver o comprovante.

Quando chegamos no local desejado, que na verdade era o ponto final do ônibus, o motorista falou que dali a duas horas o ônibus dele sairia dali e poderíamos voltar com ele. Ok.

E lá fomos nós comprar souvenirs, comprar porcarias e jantar mais porcaria ainda.

Olhamos no relógio e vimos que já estava na hora de voltar com nosso motorista brasileiro.

Fomos até o ponto final e nada do motorista e nem do ônibus. Esperamos mais um pouco e nada. Fomos então atrás da máquina para dar crédito nos passes.

Pegamos outro ônibus que parava no Marble Arch e de lá pegaríamos outro ônibus para chegar ao hotel.

Sentamos no banco do ponto esperando o nosso ônibus e, bem atrás de nós, dois guardas com aquele uniforme oficial, bem sérios, fazendo a ronda na cidade.

E eis que passa o ônibus do motorista brasileiro que diminui a velocidade e quase parando buzina para a gente, coloca o rosto para fora e pergunta aonde a gente estava que ele não nos viu mais. E foi embora.

Os guardas olharam para a gente como se fôssemos ETs. Um motorista buzinar e fazer aquela algazarra em London é coisa rara de acontecer, convenhamos!

Mas logo em seguida chegou o nosso super ônibus double deck que nos deixou na porta do hotel.

E ainda deu tempo para a gente entrar no supermercado a poucos metros e comprar xampus e cremes maravilhosos.

So good!!

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

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