Jack Nicholson é pedófilo, Charlie Hebdo pode exibir cartoon com a bomba no cu de quem bem entender e aprenda sobre respeito – manipulação – lei – e Arte: arte é igual bunda, interpretação e gosto são pessoais e intransferíveis!
Apologia à pedofilia e ao uso de drogas é crime SIM! Não é arte. É a lei que determina. Polanski é perseguido até hoje por ter dado um tchuco na menor de 13 anos numa festa cheia de menores e maiores famosos. Mas a garota de 13 foi comida aos 8 por Jack Nicholson e daí em diante a mamãe dela lucrava no apetite de Peter Fonda, Nicholson e vai saber “guess who?”.
E depois Polanski comeu a velhota de 13 e alguém tinha que se lascar. O polonês judeu, of course! E Inhotim? Também exibiu coisa igual há uns aninhos, bancado pelo Valerioduto. Fotos em galeria no local com criancinhas e adultos e seringas e drogas. Eu e uma amiga diretora de certa emissora fomos ao local conhecer e ela ficou indignada: o responsável tentou falar alto, mas ao olhar o crachá que ela jogou no balcão, disse que “estavam encerrando a exposição”. E não é que encerraram mesmo? Na outra semana, c’est fini.
Mas, alto lá: Cristo esquartejado, cocô na tela, Mohamed com cabeça de viado, PODE! Dadaísmo era movimento que fazia uma merda, mas… Arte é movimento: faz parte a contradição e o questionamento. Mas é o público que bate o martelo. O artista pode colocar o foguete no rabicó do Papa: se você se sente ofendido, não vá!
Charlie Hebdo é a prova máxima da evolução da sociedade francesa que lutou por Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Errou e continua errando, mas avançou em liberdade sim: para as mulheres, no respeito à opção sexual, na igualdade do ser humano. E assim a Alemanha, Suíça , Áustria, Holanda, Escandinávia. Educação que ensina respeito.
A mostra do Santander tem cunho político e ideológico fora do quesito “cultura e arte”.
Assim como a mostra de Toulouse Lautrec no Masp tentando engajá-lo na questão do gênero. Sofrível!!!! Textos sobre as obras mal escritas e fora da realidade do artista e da obra dele.
Mas neste disse me disse lamenta-se a “tapadeza” inclusive de seres bem pensantes. O brasileiro cai como pato na estratégia do caos… Palmas para o marketing que vende a ideia que ter muitos negros num evento significa fim da discriminação. Deveriam lutar por educação gratuita e educação profissionalizante. Não era essa a pauta da UNE de Lindenberg Farias?
Liberdade de expressão tem limite sim. O da lei. Ou vamos à Bienal ver uma instalação com pênis de borracha sendo enfiados nas filhas, filhos, animais domésticos e congêneres de quem defende que arte está acima da lei. Não é esta gente a politicamente correta?
Vamos de guache e tinta a óleo. Pintem a cara de palhaço. É preciso? A Semiótica agradece… Ah, a fantástica manipulação dos signos…. Cheers!
Allez, Charlie Hebdo: quem se sentir ofendido, levanta a mão. Aliás, acho que não deve ter problema eu ter escrito a palavra ‘cu ‘ neste texto. Na dúvida, sei que vocês vão compreender. Afinal, tudo pela arte.
Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.