15 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Vocês sabem que não sou adepto de teorias da conspiração

Imagem: Google Imagens – Deezer

A não ser as que eu mesmo crio, claro. Mas a maioria que vejo por aí é uma massa informe de desinformação, breguice e coisas chatas. Mas é que fui assistir o novo desenho da Disney. Para resumir, porque tem um panetone ali na mesa, oferecendo-se em sacrifício para mim, e sorrindo, o sapeca:

– uma família descobre uma maravilhosa fonte de energia, que transforma o mundo em que eles vivem, oferecendo-lhes conforto inimaginável. Passam-se os anos e a tal fonte de energia parece estar esgotando. Um grupo de exploradores vai ao subterrâneo para salvar a tal fonte e descobre que eles vivem sobre uma gigantesca criatura viva! E que a maravilhosa fonte de energia é, na verdade, um parasita que está matando a criatura. Eles precisam fazer uma escolha: se mantiverem a fonte de energia e preservarem sua civilização, a criatura-mundo morre. Para salvá-la, precisarão abrir mão de tudo que conquistaram.

A cena final, embalada por muitos violinos e teclados xaroposos, faz uma passagem de tempo, e mostra as pessoas felizes, carregando emblemáticas velas, e vivendo em aldeias que lembram a Idade Média.

Era só um desenho animado. Mas eu fiquei alguns minutos imóvel na cadeira, após o final. Aterrorizado. Não com o filme em si, ou com sua mensagem bem previsível e óbvia. Mas com a forma com que ”eles” – oia a conspiração aí, gente! – sequer disfarçam suas intenções.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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