29 de abril de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Sobre pés femininos

Foto: E. Contrast, uma das poses mais perfeitas

O ano era 1974. Em uma escola de um bairro da zona norte do Rio, um menino, sentado na primeira fila da sala, assiste a uma aula de Matemática.

Quer dizer: “assiste a uma aula” é licença poética. O guri SEQUER OLHA para o quadro-negro: está absolutamente perdido na contemplação dos pés da professora, quase sempre em sandálias tipo Havaianas. Ele nem sabe o motivo da atração: só sabe que é tão impossível desviar o olhar quanto o professor de Português não acender um cigarro na aula seguinte.

(Talvez por isso, o menino cresceu sem jamais entender os mistérios da Matemática…)

O menino era eu, claro. Se eu me mantive afastado dos números por toda a minha vida, não consegui fazer o mesmo em relação aos pés femininos. Na verdade, nem tentei: é uma paixão até hoje.

Os pés são pontos centrais da medicina tradicional asiática e existe até um tipo de estudo da personalidade através das linhas das solas dos pés.

Tem quem ache estranho, tem quem busque explicações freudianas manjadas, tem quem sinta repugnância … e tem quem, homens e mulheres, desfrute de sensações muitas vezes surpreendentes ao descobrir a extrema sensibilidade dessa região normalmente tão pouco valorizada do corpo.

Sorte nossa que a concorrência é pequena…

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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