10 de dezembro de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Os revolucionários cultuam o caos

Foto: cartaz da série “Dark”, da Netflix
Uma das maiores obras de Stephen King é “A Torre Negra”, que conta a história do último pistoleiro, Roland de Gilead, em sua busca pela Torre, o eixo que mantém todos os mundos de pé.
Para quem viu o fraquíssimo filme feito com base na obra, o vilão seria o Homem Sombrio. Mas o Homem Sombrio é apenas o arauto do Rei Rubro, que deseja a destruição da Torre, criando um mundo de trevas – e reinando sobre ele.
Há mais realidade do que gosto de pensar nessa obra. Revolucionários são arautos. Revolucionários dos dois extremos do espectro político.
Extremistas cultuam o caos, o reverenciam, não como mero prazer, apenas, mas como MÉTODO.
Para esses abutres em forma de gente, aqueles para quem eles abrem o caminho, os Reis Rubros da vida real, desejam o caos acima de tudo. E não importa a forma como ele venha ou a quem ele aparentemente possa estar beneficiando: ambos os lados trabalham para o caos.
Porque sabem que, quando a ordem caótica finalmente se instalar, o fim de um mundo, metafórica e literalmente, estará cumprido. E eles poderão finalmente reinar.
Se o seu trono será instalado em meio às trevas, sobre pilhas de cinzas e monturos de escombros, pouco importa para eles.
Na verdade, tanto melhor para eles.
Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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