Há alguns dias, o grupo Coldplay esteve no Brasil. Ou está, sei lá: o som do grupo não me atrai, me soa sensaborão, algo assim como soaria a música dos chuchus – se chuchus cantassem. Mas não é esse o ponto.
O ponto é que o grupo distribui pulseiras luminosas durante seus shows, para ajudar a compor aquele efeito colorido quando as luzes apagam.
(Parênteses do cara que escreve: nos tempos dos bons espetáculos ao vivo que assisti, Ozzy, Ac/Dc, Whitesnake, Scorpions e outros, essa pausa era espontânea, não premeditada e as luzes eram proporcionadas por isqueiros BIC)
E a banda solicita que o público as devolva – sacumé, é o Coldplay e todo o seu pacote de bom-mocismo midiático. Segundo consta, o público brasileiro foi o que menos devolveu as tais pulseiras, em termos percentuais.
Assisti a essa notícia, em meio a um verdadeiro arcabouço – com duplo sentido, por favor – de notícias ruins, todas envolvendo o nosso Principado do Bananistão, com uma fisionomia perfeitamente inexpressiva.
É apenas o Brasil seguindo o curso das águas turvas nas quais navegava há pelos menos duas décadas.
Seu destino será tornar-se uma espécie de porto seguro, um salvo conduto, um território livre para piratas, bandoleiros e salteadores de todas as estirpes.
O país da vilania.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.