2 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

O Brasil deixou de existir em algum ponto dos anos 60

Sei lá, ali perdido entre o Cinema Novo e as ligas camponesas, entre o Tropicalismo e os cabelos bolo de noiva.

É exatamente o que penso e sinto quando contemplo, horrorizado, as propostas de um de nossos excelentíssimos candidatos a presidente, propostas que ele pretende efetivar no caso de – toctoctoc – vir a ganhar a eleição.

É tudo muito antigo – mas não aquele antigo chique, vintage, cool, como uma escrivaninha de tampa que garimpamos em um brechó ou um livro fora de catálogo do Tolkien que achamos em um sebo, e sim um antigo anacrônico, ultrapassado, demodê, cafona e barato.

São propostas que já eram datadas, fadadas ao insucesso, desde que surgiram, em meados dos anos 50, no contexto da Guerra Fria, no qual o imaginário coletivo ainda acreditava que o socialismo era o Scooby Doo e o capitalismo o fantasma malvadão.

Não se iludam: o Brasil, enquanto nação, candidata-se ao desenvolvimento.

Parou, estacou de levantar poeira, em alguma esquina dos anos 60, ao som de “A Banda”.

Imagem: Google Imagens – YouTube
Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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