9 de novembro de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Minha jornada antropo-arqueológica

Ninguém sabe – até porque não contei – mas, em janeiro desse ano, eu embarquei em uma solitária e aventuresca jornada antropo-arqueológica.

Embarquei para a Amazônia amapaense, buscando encontrar vestígios das lendárias 7 Cidades de Cibola. Munido apenas de um antigo guia de viagem indígena, do não menos lendário Carl Barks, penetrei na até então impenetrável selva.

Passei por maus bocados, amigos e vizinhos. Desde meu encontro com criaturas míticas como o Megatério amazônico, até minha captura por uma desconhecida tribo formada exclusivamente por mulheres canibais.

Vocês podem estar se perguntando: “como você escapou? Elas não te comeram?”

Elas não me comeram porque elas me comeram, se é que vocês me entendem.

Consegui fugir quando deixei minhas carcereiras exaustas e saciadas, tendo aproveitado seu torpor extático para embrenhar-me na selva, tal qual um Papillon do século 21.

Essa e outras histórias conto depois.

Mas um dos maiores tesouros da minha jornada está registrado na foto que acompanha este texto: uma tartaruga-Jaguar.

A tartaruga-Jaguar era considerada extinta há mais de 200 anos, quando o aventureiro espanhol Cabeza de Vaca descreveu a vaca, ops, espécie.

Ela vive nos afluentes amazônicos e vem a tona apenas uma vez a cada dez anos, para procriar, momento em que fiz a foto. Única, porque minhas captoras tinham descoberto minha trilha e estavam atrás de mim, sedentas por… vingança. Depois conto.

Invejosos dirão que é apenas uma tartaruguinha mequetrefe no lago da praça da minha cidade.

Quem não entende de criptozoologia que não dê palpite.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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