

Um vídeo me foi enviado como uma tentativa de me confortar diante de alguns momentos difíceis que estou atravessando.
Basicamente, ele expõe uma antiga tese: o mundo, e tudo que ele contém, não é real. É um simulacro. A Realidade não existe. O sabor do café, por exemplo, o seu aroma, o vapor que emana da cafeteira, são ilusões. Projeções. Assim como as nossas vidas.
O que pensamos ser uma existência concreta, com alegrias e dores, prazeres e frustrações, é um sonho, do qual não podemos – ou não queremos – acordar. Talvez um programa de computador, a Matrix, no qual somos meros personagens.
Ou talvez vivamos sob o Efeito Mandela: uma experiência, entre uma infinidade de universos paralelos, nos quais miríades de versões de nós mesmos trafegam – e, por vezes, interagem. Ações e interações que deixam provas: por exemplo, quem não lembra da famosa frase dita pelo vilão Darth Vader para Luke Skywalker, da saga Star Wars?
– Luke, eu sou seu pai.
Sendo que a realidade é que, na cena de “O Império Contra-ataca”, Luke é quem diz para Darth Vader que ele matou seu pai. Ao que o vilão responde: “Não, eu sou seu pai.”
Falha na Matrix. Visões de uma outra realidade de outro universo.
O vídeo – que reproduzo no primeiro comentário – me deixou entre uma sensação de conforto e aterrorizado. Assistam por sua conta e risco. O terror me veio por frases como essa:
“Considere este mundo fugaz desta maneira: como estrelas que se desvanecem e desaparecem ao amanhecer”
O conforto está em pensar que, em algum mundo paralelo, a cena da imagem está se repetindo, e Han Solo, Darth Vader, Chewbacca, Princesa Leia, Luke e R2D2 estão todos vivos, em alguma realidade do ano de 1983.


Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.