16 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Considere estar sonhando

Um vídeo me foi enviado como uma tentativa de me confortar diante de alguns momentos difíceis que estou atravessando.

Basicamente, ele expõe uma antiga tese: o mundo, e tudo que ele contém, não é real. É um simulacro. A Realidade não existe. O sabor do café, por exemplo, o seu aroma, o vapor que emana da cafeteira, são ilusões. Projeções. Assim como as nossas vidas.

O que pensamos ser uma existência concreta, com alegrias e dores, prazeres e frustrações, é um sonho, do qual não podemos – ou não queremos – acordar. Talvez um programa de computador, a Matrix, no qual somos meros personagens.

Ou talvez vivamos sob o Efeito Mandela: uma experiência, entre uma infinidade de universos paralelos, nos quais miríades de versões de nós mesmos trafegam – e, por vezes, interagem. Ações e interações que deixam provas: por exemplo, quem não lembra da famosa frase dita pelo vilão Darth Vader para Luke Skywalker, da saga Star Wars?

– Luke, eu sou seu pai.

Sendo que a realidade é que, na cena de “O Império Contra-ataca”, Luke é quem diz para Darth Vader que ele matou seu pai. Ao que o vilão responde: “Não, eu sou seu pai.”

Falha na Matrix. Visões de uma outra realidade de outro universo.

O vídeo – que reproduzo no primeiro comentário – me deixou entre uma sensação de conforto e aterrorizado. Assistam por sua conta e risco. O terror me veio por frases como essa:

“Considere este mundo fugaz desta maneira: como estrelas que se desvanecem e desaparecem ao amanhecer”

O conforto está em pensar que, em algum mundo paralelo, a cena da imagem está se repetindo, e Han Solo, Darth Vader, Chewbacca, Princesa Leia, Luke e R2D2 estão todos vivos, em alguma realidade do ano de 1983.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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