Todo mundo já deve ter visto a série Stranger Things, imagino.
No início torci o nariz. Primeiro por ser “modinha”. Segundo porque vários dos elementos que a compõem foram gostosamente sugados da obra do escritor Stephen King – quem me conhece sabe como sou fã.
Mas acabei me rendendo ao elenco de afiados moleques e veteranos como Winona Rider.
Para quem não viu – veja. Para quem não quer ver, eu resumo, viu?
Pirralhos em uma cidadezinha americana lutam contra o Mal, personificado por criaturas bizarras que habitam uma dimensão paralela à nossa – chamada de Mundo Invertido – e cujo objetivo final é transformar o NOSSO mundo no mundo DELES.
Lembrei fortemente de Stranger Things ao acompanhar o noticiário desses dias, principalmente quando os comentaristas políticos analisaram – com sua habitual incompetência, só comparável à sua arrogância – as eleições no Reino Unido.
Ao visitar também algumas páginas de esquerda, tive a exata sensação de adentrar o Mundo Invertido, habitado por demogorgons e afins.
Olha, pensando bem, os demogorgons da série são até fofinhos perto de algumas criaturas reais do nosso país, viu?
Só com poderes paranormais para encarar o raciocínio torto dessa galera.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.