29 de abril de 2024
Colunistas Joseph Agamol

A demolição da humanidade

Em 1993, há exatos 30 anos, portanto, Sylvester Stallone e Wesley Snipes estrelaram um filme que não foi apenas profético.

“O Demolidor” retratava uma distopia no ano de 2032, uma sociedade aparentemente perfeita, sem crimes, sem violência, na qual costumes considerados ofensivos e inaceitáveis, como falar palavrões, foram banidos e tornaram-se passíveis de multa.

Hoje, vi que um canal de tv por assinatura ostenta – acredito que até com orgulho – uma advertência antes da exibição de filmes considerados potencialmente “ofensivos” – por terem sido realizados em outras épocas, por outras sociedades.

Quem assistiu “O Demolidor” na época ria das situações mostradas no filme – como o personagem de Sylvester Stallone xingando propositalmente apenas para obter o papel das multas – que seriam usadas como papel higiênico.

Eu disse que “O Demolidor” não foi apenas profético. Não foi. Uma profecia é uma antevisão de um futuro que virá.

E em apenas 30 anos a humanidade atual ultrapassou em muito a imbecilização mostrada no filme, muito além do que os profetas da época poderiam imaginar.

O nome original do filme é “Demolition Man”.

O que assistimos na vida real, hoje, é a demolição da Humanidade.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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