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A ideia de se adaptar um automóvel para usá-lo como “casa” em viagens de lazer nasceu praticamente junto com os carros e deu origem a diferentes soluções. Uma delas – das mais populares – são as chamadas camper vans (na tradução literal, vans para acampamento), que aproveitam o espaço generoso das vans e furgões compactos para montar um, digamos, apartamento conjugado – ou “studio”, na versão da moda – sobre rodas. O Citroën Holidays na foto acima (e em algumas mais adiante), se encaixa nessa categoria, Ele será apresentado pela montadora francesa na CMT Stuttgart – feira especializada em lazer e viagens (conheça aqui o evento) https://www.neventum.com.br/feiras/cmt-stuttgart-0, que acontece entre os dias 13 e 21 deste mês de janeiro na Alemanha e estará à venda já no início da primavera europeia, no final de março, nas concessionárias da marca, ainda sem preço divulgado.
Seguindo a receita padrão das camper vans, o Holidays é derivado do recentemente renovado SpaceTourer, furgão utilitário da Citroën e que compartilha sua plataforma com modelos de outras marcas do grupo Stellantis, a Peugeot e a Fiat. Originalmente, a van pode ser equipada com alguns motores, entre os quais um 2.0 turbodiesel de quatro cilindros e até 170 cv de potência, ou ter propulsão 100% elétrica – a marca não informa qual será exatamente a mecânica desta nova versão. Para produzir o novo carro-casa, a Citroën fez uma parceria com uma empresa especializada neste tipo de conversão, a Bravia Mobil.
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No site francês, aliás, é mostrado um outro Citroën Holidays conceitual (abaixo), visualmente inspirado no clássico utilitário H1, com painéis corrugados na lataria (veja o H1 original, que foi produzido entre 1947 e 1981, ao lado). Muito bacana.
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Voltando ao modelo que efetivamente está sendo lançado, segundo o material de divulgação, ele foi projetado para permitir “uma experiência de viagem confortável e sem restrições”, com acomodações para até quatro pessoas dormirem. Além das camas, a mobília inclui cozinha, mesa removível, teto retrátil, e assentos dianteiros giratórios, entre outros detalhes (abaixo).
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E, por seu porte de van média – tem apenas 4,98m de comprimento e 1,99 de altura –, leva uma grande vantagem sobre os motorhomes – que, construídos sobre plataformas de veículos maiores (geralmente, de pequenos caminhões a ônibus), costumam ser difíceis de se conduzir e estacionar dentro das cidades, chegando a ser até proibidos de circular em muitas delas.
Para viajar – e se hospedar – com estilo
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Como mencionei lá na abertura deste post, carros adaptados para servirem, ao mesmo tempo, de transporte e de abrigo remontam a própria história do automóvel. Mas, ao longo dos tempos alguns deles se tornaram ícones do gênero, a começar pela Kombi, da Volkswagen (ao lado) – que passou a ser convertida a partir dos anos 1960, recebendo o nome de … Camper.
Desde então, a própria VW tem produzido modelos herdeiros da velha Kombi que, em associação a empresas de conversão ou de forma independente, são transformados em “veículos de recreio e turismo”.
Recentemente, a marca alemã divulgou imagens do mais recente conceito para essas versões (abaixo), a Californa Camper, criada com foco no mercado norte-americano – onde, aliás, a antiga Kombi se consolidou como uma opção descolada para o lazer da família.
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Outro clássico são as transformações feitas pela inglesa Dormobile https://dormobile.co.uk/>, desde os anos 1950 (abaixo). Na Inglaterra, aliás, esse tipo de veículo é, desde então, muito popular entre os veranistas – e, infelizmente, hoje também servem de lar itinerante para alguns dos que não conseguem mais pagar por um apartamento ou casa nas inflacionadíssimas cidades inglesas.
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No Brasil
Embora ainda sejam comparativamente pouco vendidos aqui no Brasil, as camper vans estão no portfólio de algumas empresas convertedoras – que produzem, também, módulos habitáveis acopláveis na caçamba de picapes, trailers e motorhomes. As longas distâncias a percorrer, por estradas nem sempre em bom estado, a falta de segurança e a pouca disponibilidade de locais para se estacionar/hospedar com esses veículos em nosso país estão entre os comentários que mais ouço para justificar sua baixa aceitação. Uma pena.
Fonte: Rebimboca Comunicação