Ontem dei uma longa volta na Lagoa e fiz, como sempre, algumas fotos. Quando voltei, ganhei um presente da minha filha Tami: um protetor de plástico, desses feitos com impressoras 3D que cobrem inclusive a máscara.
Agora quando sair, nem sei se vou para Lagoa ou se vou para a lua, pois sinto-me um astronauta usando esse aparato.
A segunda feira foi calma. Bolsonaro prepara-se para escolher um novo ministro da educação. O Supremo pode invalidar a última decisão de Waintraub, a portaria que inclui cotas para negros e indígenas na pós graduação.
Independente do mérito, é irônico mandar Weintraub para representar nove países no Banco Mundial e desenvolver uma política inclusiva logo ele que detesta inclusão e odeia a expressão povos indígenas.
Mas o salário é bom. Por esse salário muitos deles defenderiam até a revolução cultural chinesa.
Tenho falado muito sobre a violência da polícia em São Paulo. Os casos não param de surgir. Com a presença de tantos telefones celulares parece uma coisa nova. Mas não é.
São Paulo investiu R$ 400 milhões na polícia. Poderia usar parte desse dinheiro trabalhando um pouco a psicologia dos seus soldados.
Os casos quase sempre acontecem em áreas pobres, envolvendo negros.
Estive em São Paulo quando houve aquelas mortes em Paraisópolis. Senti que a comunidade se uniu muito depois daquilo: hoje está mais preparada inclusive para combater o coronavírus
Dória talvez não tenha sensibilidade para a tempestade que está armando. Nem mesmo para o estrago que pode trazer para suas pretensões eleitorais.
Vamos torcer para que mudem. São Paulo é o estado mais rico da federação e influencia todos os outros.
Fonte: Blog do Gabeira