Os jornais de hoje falam muito no que vai acontecer com o fim da Lava Jato e nova correlação de forças no Congresso. Certamente haverá um movimento para afrouxar as leis contra a corrupção. O primeiro movimento é rever a lei da improbidade administrativa.
Certamente irão para o espaço dois itens que favoreciam o combate à corrupção: fim do foro especial e prisão em segunda instância.
Esse ritmo é comum no Brasil. Deve haver agora um grande avanço que dê mais liberdade aos políticos e, no futuro, pode surgir outra campanha repressiva para funcionar como freio de arrumação.
Um pouco preocupado com as novas variantes. A vacina de Oxford consegue combater a variante inglesa mas é ineficaz diante da sul-africana.
Qual é o problema? Ainda não testamos nenhuma de nossas vacinas no combate à variante brasileira. Seria interessante fazer isso apenas para nos certificarmos de que estamos no caminho certo.
É incrivel a indiferença do governo diante da nova variante. Agora ele está sendo pressionado a se manifestar pelo Ministério Público. Afinal que providências tomou quando os japoneses sequenciaram a variante brasileira, confirmada pelas pesquisas da Fiocruz em Manaus?
Arrisco a dizer: nenhuma. Alguns estados limítrofes como o Pará e Roraima fizeram barreiras sanitárias. Mas hoje Roraima está numa situação desesperadora: resta apenas um leito de UTI e o crescimento dos casos no estado foi de 300 por cento. O número de mortos do estado é o triplo do previsto no início da pandemia pelo governador. Ele esperava 300 mortos e o número já é 896.
Estamos com muita esperança na vacina mas a gestão da pandemia ainda é vital. Por causa da má gestão, o Rio ultrapassou São Paulo em número de mortes.
E a verdade é que objetivo de vacinar 70 por cento da populacão, no ritmo atual, só será alcançado em 2024.
Se não houver uma mudança de rumos, o futuro do Brasil nos próximos anos será definido pelo vírus. E tem tudo para ser definido pelas pessoas.
Fonte: Blog do Gabeira