1 de maio de 2024
Claudio Tonelli Colunistas

João Lenhador

Seu João cresceu a vida inteira no mato, numa fazenda do interior de São Paulo. Sem muito estudo, filho de lenhador, abraçou a profissão do pai logo cedo.

Sabia afiar um machado como ninguém. Sempre que podia, desafiava os demais lenhadores para uma espécie de concurso: “Quem cortava o Ipê mais rápido!”.

Com o passar dos anos, Seu João não se preocupou em aprender novas técnicas de corte e muito menos gostava da motosserra, equipamento que achava desnecessário. Sempre dizia: “Olhem para mim, eu sou o homem-motoserra”.

Os patrões gostavam muito do Seu João, mas o homem já não dava tanta produtividade, seja pela idade, seja pela teimosia em continuar com seu machado.

Certo dia foi demitido sem muita justificativa. Ficou arrasado, pois a única coisa que aprendeu bem, foi tirada, como um golpe sujo. Sentiu-se traído, como fosse de uma esposa desregrada.

A história de “Seu” João reflete milhões de vidas do nosso planeta.

Pessoas que recusam em se adaptar a novas tecnologias, processos, ou mesmo culturas.

São os chamados “analfabetos funcionais”. Os que nunca mudarão seu “jeitão” de ser. Acreditam que as pessoas é que precisam se adaptar a elas, e não o contrário.

Infelizmente, são os que mais sofrerão num mundo repleto de adaptações.

Claudio Tonelli

Administrador e Consultor de Empresas, ativista político e estudioso de fraude eleitoral.

Administrador e Consultor de Empresas, ativista político e estudioso de fraude eleitoral.

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