É surreal o que vivemos e o que presenciamos no Brasil de hoje. Somente as belas canções e suas poesias amenizam tanto desacerto.
Por tanto imposto
Por tanta tarifa
A vida me fez assim
Esperto e atroz
Sonso e feroz
Eu, taxador de mim
Preso às cotações
Entregue às contribuições
Que nunca terão fim
Vou tarifar
Longe do meu lugar
Eu, taxador de mim
Nada a temer senão o taxar o mundo
Nada a fazer senão tributar sem medo,
Abrir o peito à coleta, numa procura
Assumir as cobranças da quota escusa
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se tributa assim
Vou descobrir o que me faz taxar
Eu, taxador de mim
Nada a temer senão o correr pra quota
Nada a fazer senão esquecer o povo
Abrir o peito a tarifa, numa procura
Assumir as cobranças da taxa imunda
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se cobra assim
Vou descobrir o que me faz cobrar
Eu, taxador de mim
Quanta honra inspirar-me num gênio à essa paródia! Obrigado, Milton!
