20 de maio de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

O robô “memória”

O ‘robô memória’ dessa rede social é uma versão digital do anjo da guarda.

Não importa por onde se navegue, entrou na rede, ele se coloca ao lado do internauta ou melhor, no foco do olhar do internauta, codificando todas as reações da sua pupila e registrando nas barras dos algoritmos de busca tudo que você vê, curte e despreza.

Nesta madrugada, marotenei no fluxo de reels sobre o cataclismo no Rio Grande do Sul. É comovente ver a bravura e determinação de milhares de socorristas anônimos arriscando a própria vida em salvamentos heroicos.

Entre um impacto e outro, um velho amigo gaúcho de origem, que hoje é um empresário do agronegócio no Mato Grosso do Sul, trocava mensagens comigo informando que, junto com colegas produtores agrícolas, decidiram despachar ‘direto ao ponto’ para região colapsada, uma caravana cheia de insumos de primeiros socorros, alimentos e água.

Ele respondia à pergunta que fiz, na tarde de ontem, sobre qual a maneira confiável de ajudar, ainda que com pequenas quantias, que fosse diretamente disponibilizada para as vítimas.

São tantas as solicitações, em rede de grupos, coletando contribuições financeiras, que ele se disse incapaz de indicar uma com absoluta confiança de que os recursos chegariam intactos aos que precisam.

Depois que desligamos, continuei navegando nos reels que documentavam a extensão do desastre e as ações de salvamento.

Na manhã de hoje recebi do robô memória uma imagem que postei aqui em 2018.

Ela é o registro dramático de um evento no campus da Universidade de Brasília que reflete a catástrofe mental / humanitária que inundou – talvez sem resgate – a educação brasileira.

Decretos sumários de morte a qualquer iniciativa que busque excelência de produção em qualquer setor da sociedade brasileira. É resultante da inundação de detritos ideológicos – puramente retóricos – de um batalhão de indigentes que mal sabe diferenciar aquilo que comem daquilo que defecam.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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