18 de outubro de 2024
Adriano de Aquino

A ansiedade pela IA

Muito se fala sobre IA, a nova onda digital que tem atazanando a vida de muita gente.

A cultura digital é tudo de bom.

Contudo, como tudo que é bom a gente deseja que caia no nosso colo mas para surfar na IA é necessário esforço e dedicação.

Então, como tudo que é dificil, vemos surgir mais uma ansiedade.

Se você não está surfando na IA, estará excluído das conversas nas rodas mais antenadas da rede mundial de computadores e dos papos nerds.

Ainda sou um bebê, engatinhando no berçário da IA.

Porém, sou sênior no que diz respeito à existência virtual no ciberespaço.

Tanto isso é verdade que não estranhei, nem um pouco, que um professor canadense, falecido em 2019, continuasse ministrando aulas até hoje.

Há muito tempo leio artigos extraordinários de cientistas de TI.

Uma das ideias que mais me fascina no universo da web, é a de que no ciberespaço nada morre ou se apaga.

Amo essa teoria.

Meus amigos ‘espiritualistas’ ficam irritados comigo quando lhes digo que ninguém tem mais motivos para se preocupar com a reencarnação e nem se angustiar de que terá que renascer uma lesma, um quadrúpede ou um político, para queimar o karma negativo que deixou na vida anterior.

Esse professor só queimou sua existência terrena. Contudo continua vivo no universo da web.

Certamente, não tem mais interesse nos rendimentos financeiros advindos do seu saber, mas seus herdeiros ou seu programador digital certamente usufruem da sua eterna existência virtual.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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