29 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

Deboche pouco é pra quem sofre de dignidade

Geddel Vieira Lima, aquele mesmo que foi ministro do Lula, tinha um apartamento onde hospedava malas abarrotadas de dinheiro.

Denunciado na Operação Greenfield, foi preso e solto no mesmo mês para cumprimento em prisão domiciliar.

É assim mesmo. Ficou preso um tempinho, até ser solto pela justiça mais ágil do mundo, quando se trata de quem tem como hobby ocultar malas de dinheiro.

Lembro bem do show de notícia da TV brasileira que colocou no ar cenas de corrupção explícita onde uma dúzia de máquinas de contar grana, emprestadas pelo BC, passou a noite folheando a dinheirama do homi.

Imagem: Google Imagens – Diário do Poder

Só naquela hospedagem contou-se R$53 milhões. Acho que muita gente esqueceu esse show.

São águas passadas?

O ‘homi’ também já virou inocente e apareceu em novo espetáculo de notícia.

Geddel gostou tanto da penitenciária onde ficou hospedado um mês que na coligação (ops! Mais parece conluio) entre o MDB baiano e o PT da mesma província, para a eleição de governador do Estado, Geddel Vieira Lima pediu as secretarias estaduais de Infraestrutura Hídrica e Administração Penitenciária como compensação para aderir à candidatura do petista Jerônimo Rodrigues ao governo, com o emedebista Geraldo Jr, presidente da Câmara Municipal de Salvador, para vice. Pediu e levou.

O governador Rui Costa atendeu Geddel e lavrou o ato bem simbólico que foi publicado no D.O.E.

Logo depois, Geddel correu pra abraçar Lula no palanque da campanha. Fidelidade pura.

Lembrem que em um vídeo, Lula garantiu que “Geddel é um exemplo a seguir”.

Alguns eleitores baianos, que acham que seguir o dinheiro é perseguição política, acham também a ação inútil e, como sempre, seguirão a dica do “homem mais honesto do Brasil”

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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