Beba água como um camelo-bactriano. Ou um dromedário-do-Saara. Eu nunca sei quem é quem. Não importa. Eles sabem das coisas. Acredite.
Tenha fé, mas pratique boas obras. Ou vice-versa. Pelo sim, pelo não. Melhor pecar pelo excesso que pela falta. Pensando bem, melhor não pecar.
Pegue a estrada. Para onde? Sei lá. O destino é o caminho, e o caminho se faz ao andar. Parece coachismo de bar, ok, mas há profundas verdades cósmicas ocultas em aparentemente simples poemas, como o de Antonio Machado, que citei.
Tenha a paciência de um budista, a fé de um cristão e o humor de um judeu. Misture tudo. A ordem dos fatores não altera. Quase sempre dá certo.
Antes de alguma grande decisão, sempre se pergunte o que algumas personalidades famosas fariam em seu lugar. Pare. Reflita. E faça EXATAMENTE O CONTRÁRIO. Faia é nunca, viu?
Prometa a si mesmo que vai ler mais Guimarães Rosa, ouvir mais Beatles e Johny Cash e assistir “A Trilogia dos Dólares”, com Clint Eastwood, ao menos uma vez. No ano? Não, uma vez ao mês, por semana, até, se possível.
No mais, que o ano lhe reserve o caminhar ao lado das pessoas que ama, observando suas sombras debaixo do sol, que as dores – sempre as há – deixem cicatrizes curáveis e que as alegrias sejam numerosas como chicabons de infância – e durem um pouco mais.
Feliz Reanimar. Feliz Renascer. Feliz Ano Novo.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.