Imagem: Arquivo Google – Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo
Sim, minhas. Foram várias, desde que aprendi a amarrar os cordões do kichute – na canela, claro – e ganhei minha própria chave de casa.
Hoje em dia ninguém dá mais bola pra isso, esses ritos de iniciação, que droga.
Mas então.
Nasci em 1965. Ano porreta. Os Beatles encontraram Elvis, pela primeira e única vez. “Por um punhado de dólares”, com Clint Eastwood, foi lançado no cinema. O Brasil ainda era bicampeão mundial. A gente jogava bola e conseguia ganhar. Não disse que era porreta?
Enquanto eu era só uma criança remelentinha e de joelhos ralados, o mundo, quase recém-saído da Segunda Guerra Mundial, já se pelava de medo da Terceira.
Nos anos 70 se falava da bomba de nêutrons – que deixaria os prédios intactos e dizimaria os humanos.
No cinema a moda era a distopia apocalíptica de O Planeta dos Macacos – e um dos epílogos mais espetaculares das telonas, até hoje.
Nos quadrinhos, o Homem de Ferro tinha sua nêmesis no Mandarim – que simbolizava os novos inimigos a combater.
Durante a Crise dos Mísseis Cubanos o mundo esteve a um tantinho assim do confronto final. Escapou.
Tivemos a Crise da Guerra do Vietnã. A Crise do Petróleo. A Crise da Invasão da Embaixada dos U.S.A.
Crises, crises, crises.
Eu, que não sei de nada como Jon Snow, mas desconfio de muita coisa, como Riobaldo Tatarana, vos digo:
Ainda não é o fim do mundo como nós conhecemos, como na canção do R.E.M.
Nem O Dia em que a Terra Parou, do Raulzito.
Qualquer coisa a gente pega a última astronave.
(Que Banda Eva, rapá?! Rádio Táxi gravou primeiro…)
Apocalypse? No!
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.