Olavo não tem razão.
Há pelo menos dez anos – estou sendo modesto, pode por uns vinte anos aí – um homem já sabia quase tudo que acontece hoje.
Sabia e contou para quem quisesse ouvir.
Como quase tudo de relevante e significativo que ele disse, caiu no esquecimento.
Aliás, quase tudo que ele fala é relevante e significativo.
E o que ele ganha com isso? Passem em seu Twitter e verifiquem o nível das ofensas que são dirigidas a esse homem que se eleva, solitário, acima dos padrões mirrados da cultura – puá! – brasileira.
O professor Olavo de Carvalho é um dos solitários motivos a me recordar algum orgulho de ser desse país.
“Mas peraê”, dirá um leitor furibundo, “você começou a postagem dizendo que Olavo não tinha razão e o texto é só elogios a ele, que história é essa?!”
Eu disse que Olavo não tem razão. E ele não tem.
É que eu acho uma safanagem esse negócio dele gostar de caçar ursos. Eu simpatizo com os bichinhos.
Olavo não tem razão em 1% das vezes.
Nos restantes 99%, o professor não erra uma.
Chupem essa manga.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.