E ontem se foi Tony, um dos gigantes construtores da era, e cujo fim assistimos a cada vez que um de seus artífices se vai.
Tony se foi, deixando esse mundo cada vez mais entregue à antítese do que foi a obra dos gigantes: vulgaridade, caos, desarmonia, pobreza.
Tony e sua época brilharam, night and day, época de sofisticação e, ao mesmo tempo, simplicidade, cool jazz and blues pelas madrugadas de Nova York e San Francisco, big bands, cafés e bossa-nova, elegância que se pressentia, previa, intuía e confirmava, em moda, corpo, comportamento, alma, música, coração.
Tony se foi, e rompe-se mais uma defesa, cai mais uma cidadela, parte-se mais uma ponte, contra os ataques ferozes da feiura, do mau gosto e da degradação dos dias de hoje.
Me perdoem.
Eu deixei meu coração na Era dos Gigantes.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.