The King. O único de seu nome. O filho do Mississipi. Pai do rock’n’roll. Elvis. É, isso aí: de Elvis. Presley, caso você seja um alien do planeta Xwvyrtmh e não saiba quem é o Rei.
Eu gosto de pensar que ele ainda está vivo, chacoalhando e gingando por aí, com seu topete rabo de pato. Eu sei que não está. Eu disse que gosto de pensar, não que eu acredito. Quer dizer, acredito um pouco, sim. Gosto de transformá-lo em personagem: em uma de minhas histórias, ele é um anjo que recruta um menino para a luta entre o Bem e as Trevas.
O fato é que Elvis é a prova definitiva de que alguns seres humanos decididamente não são humanos. Acho que foram plantados aqui na Terra por algum deus-astronauta com o intuito de tornar a vida nesse mundinho um pouco mais bonita, rica, colorida.
Michael Jackson. Paul McCartney. Freddie Mercury. Garrincha. Audrey Hepburn. Clint Eastwood. Tolkien.
E Elvis.
Quem vê o cara, quase adolescente e já plenamente esculpido como um gigantesco artista pop, fazendo como nenhum outro a transfusão do sangue negro para a música branca, quem é acometido pela energia telúrica de sua música não pode duvidar disso.
Elvis deveria viver para sempre, eternizado aos 33 verões americanos, na icônica roupa de couro negro, cantando “Blue Suede Shoes”, no seu retorno aos palcos, em 1968.
Parabéns , Rei.
Se estiver escondido por aí, por favor, volte: você faz uma bruta falta, cara.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.