15 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Artistas e Política: literatura

Escrevi um pequeno artigo há pouco tempo sobre a gênese do envolvimento de artistas com a política, com ênfase na música. Hoje quero falar um pouco sobre o envolvimento de escritores que amo com a política – ou, mais propriamente, com o esquerdismo. E sobre como eles usam sua arte para fazer política.

Leio desde guri – sendo um menino tímido, os livros para mim foram mais do que apenas um prazer: representavam um portal para um outro universo, distante de uma realidade que me deprimia. Tive e tenho muitos escritores que amo, paixões antigas e recentes: Tolkien. C.S. Lewis. Guimarães Rosa, Pessoa, Florbela Espanca. E tantos outros.

Foto: Google Imagens – Bella Mais – Correio do Povo

Um dos meus favoritos desde sempre é Stephen King. Tenho toda a sua obra editada em português. Mas de uns tempos para cá – mais precisamente desde a eleição de Donald Trump – tenho que conviver com o prazer que ler seus livros me proporciona com o desgosto de vê-lo expondo suas opiniões sobre política.

Por exemplo: em uma de suas obras mais recentes, ele, através de um de seus personagens, diz que um dos vilões faz parte de um grupo de pessoas que ele associa a… Bolsonaro! Claro que foi uma artimanha do tradutor mas não tenho dúvida que o King endossaria.

Esses dias resolvi ler Joe Hill. Filho de Stephen King e que herdou um pouco do estilo e talento do pai. Lá pelas tantas, na obra, Hill escreve que um dos personagens era até gente boa, mas cometeu erros, como ter votado em… Ronald Reagan.

Perceberam?

Entendem o porquê de a esquerda estar sempre presente nos segundos turnos?

O porquê de seus candidatos estarem sempre sendo indicados em pesquisas espontâneas?

Isso apesar do socialismo sempre ter fracassado?

É assim que eles trabalham, é assim que se mantém: pela divulgação massiva e eficiente de suas ideias, através de artistas, imprensa, professores…

E é assim que eles tomam o poder!

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *