18 de outubro de 2024
Adriano de Aquino

O país da excelência?

A Alemanha é reconhecida mundialmente como o país da excelência.

A indústria química, laboratórios de ótica, a filosofia, a música, a literatura, a arte e a engenharia, entre outros conhecimentos avançados, marcam a tradição alemã.

Por isso fico atento e me preocupo quando a Alemanha lança um novo conceito.

Por exemplo, no tocante à engenharia social, a Alemanha lançou o conceito político do nazismo e o mundo assistiu boquiaberto o poder de extermínio de uma ideia.

Também lá nasceu Karl Marx. A Alemanha propiciou ao ideólogo as condições de produzir sua teoria social. Suas ideias se expandiram mundo afora e até hoje vemos os seus efeitos.

Agora, a Alemanha lançou oficialmente a normalização social da pornografia infantil.

O marxismo e o nazismo permearam no imaginário global um terreno propício para a consolidação concreta de práticas que, outrora, o ideário liberal conservador, senhor de uma hegemonia consolidada nas nações democráticas do Ocidente, tinha poder e força para se opor e neutralizar.

Hoje, o que vemos, são doutrinas autoritárias consolidas nas nações liberais do Ocidente.

Como no plano das ideias os alemães desprezam o efêmero e o passageiro, elaborando conceitos duradouros, constatados na vigência das velhas ideologias ainda pulsantes nas práticas políticas de hoje, certamente previram que o lançamento dessa nova ideia encontrará em diversas nações um terreno fértil para disseminação.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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