The Front Press, no meu ponto de vista, é uma ilha do jornalismo independente norte-americano, onde vigora a crítica, o pensamento livre, cristalino e consciente, no meio de um oceano midiático submerso em águas turvas, boiando na correnteza da censura, da exclusão do pensamento crítico e do cancelamento às diferenças, atendendo ao curso do direcionamento autoritário das subsidiárias do ‘politicamente correto’ (woke, identitarismo, centralidade minoritária etc.).
Ao antecipar a data comemorativa do Dia dos Pais, Douglas Murray, nos oferta um ponto de vista provocante e estimulador ao livre pensar sobre os métodos dominantes impostos ao senso comum.
DOUGLAS MURRAY
16 DE JUNHO para o The Front Press.
“Feliz Dia dos Pais nos Estados Unidos!
Pensei que, para comemorar, faria o óbvio e destacaria um discurso da feminista Camille Paglia.
Uma das coisas mais estranhas que aconteceram na minha vida foi o surgimento do homem como uma figura patética ou divertida. Nos últimos quinze anos ou mais, você pôde ver isso em todas as esferas da vida – em nenhum lugar mais do que na publicidade.
Há duas coisas que você sempre pode prever com 100% de certeza se uma família, qualquer família, aparecer em um anúncio.
A primeira é que a família será birracial. A segunda é que o homem (principalmente se for branco) será retratado como um incompetente ou um perdedor.
Se o problema for lidar com o controle remoto, os filhos e a esposa terão que mostrar pacientemente ao pobre e velho pai como fazer aquela maldita coisa funcionar sob seu controle.
É um exemplo pequeno, mas significativo, de uma tendência mais ampla, porque esta é uma época em que os modelos masculinos foram retirados da cultura.
Poderemos ter a cultura da “mulher forte”, à qual me referi na minha coluna do Dia das Mães, mas “homem forte” é uma frase agora usada para denotar medo e até mesmo aversão…”
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.