Deve ter gente que não toma café…
Eu tomo café!
Tem uns que bebem café…
Não existe vida social se a pessoa não marca um cafezinho com alguém…
E vai falar da vida, e da vida dos outros como?
Se tá com pressa: estou na correria, mas tomamos um café.
No trabalho: ah, me conta isso, pausa para o café.
E no plantão… se madrugou ou varou a noite: tem café…
Tem algum lugar no Brasil que o café não tenha importância?
Deve ter gente que não toma café…
Tem uns que bebem café…
Quem não toma e nem bebe café, só morto.
Ou as exceções… Sempre tem.
Eu já fui exceção.
Até que descobri o café sem açúcar.
Ate que descobri também o café instantâneo, para desespero de muitos: desde quando isso é café?
Então, parei com a bobice.
Mas tem que ser puro.
Café doce, só nas variações: café com leite ou cappuccino.
Não existe vida social se a pessoa não marca um cafezinho com alguém…
Pensa bem…
Aproveita e come um pão de queijo junto, um biscoitinho, um tarequinho. Sabe o que é tarequinho?
O café é testemunha ocular de muitas coisas.
De tristezas, de conversas decisivas, de acordos firmados, de encontros velados, encontros marcados, de despedidas…
Mas, o café representa o reencontro permanente com o “despertar”, renova-se recria-se desperta-se para um outro dia.
O café repete a vida, dia após dia, com sabor e energia.
Bom dia…
Quem passa o café?
Aqui tem café…
Quer um “golinho de café”?
Onde você estiver…
Toma o café e vai na fé.
Jornalista internacional, diretora de TV, atualmente atuando no exterior.