13 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

O Martelo do Brasil

Já muito se falou, desde a entrevista-panegírico ao JN até o debate de ontem, sobre aquele-que-não-se-deve-nomear e o quão malfazejo seria o seu retorno à presidência.

Digo apenas que mal consigo imaginar o cenário, para o país, subsequente à eleição deste senhor, cujo vulgo – já notaram como esquerdista costuma usar vulgos em vez de nomes? – causa-me gastura até pronunciar, por evocar-me sua voz roufenha, sua figura repulsivamente murina, seu olhar rastejante.

Mas seria coisa medonha, de botar no chinelo distopias apocalípticas do tipo Mad Max, Blade Runner, Walking Dead e afins. Com a diferença de que será real. Terrivelmente real.

O retorno do Voldemort de Garanhuns ao Planalto seria não apenas a materialização daquela piada clássica que diz que o Brasil tem uma natureza magnífica mas um povo que vou te contar viu? Seria a realização de uma espécie de profecia arcana, vingança dos morubixabas expulsos de sua terra, sei lá.

Uma punição duríssima a uma parcela considerável do povo brasileiro, gente honesta e trabalhadora – e que de forma alguma a merece.

Na antiguidade e Idade Média, a alguns reis e governantes, famosos por sua crueldade para com determinados povos, dava-se a alcunha de “O Martelo”. Não tenho a menor dúvida de que o Futuro reservará a esse senhor, se eleito for, o epíteto de “O Martelo do Brasil”.

Imagem: Google Imagens – Dreamstime

Não temos só obrigação de trabalhar contra isso, e trabalhar com o que estiver ao nosso alcance, conquistando um voto aqui, outro acolá, falando as verdades que devem ser ditas e relembradas sobre esse ser das profundezas, enfim, o que for possível a cada um. Não há trabalho pequeno ou insignificante, pois que não é trabalho.

É uma missão, para com nós mesmos, e, principalmente, para os que vem depois.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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