É isso aí mesmo que você leu: amor é decisão. Erro crasso, ledo engano, atribuir às artimanhas de Eros o status de “sentimento”, algo volátil e, muitas vezes, tênue e fugaz. Quando o verdadeiro amor trata-se, em essência, de decisão. Como bem o sabiam nossos avós.
Decide-se amar, decide-se desamar, porque as coisas do coração são sérias demais para deixá-las a cargo de anjinhos travessos disparando aleatórias setas.
Se a pessoa é ótima na cama – mas jamais dará um bom parceiro, um bom pai/ mãe? Ame. Ou desame. E se, ao contrário, o candidato é pessoa sisuda, cumpridora de seus deveres, pagadora de boletos, mas o beijo não faz conexão com as regiões mais ao sul de sua geografia?
Ama-se. Ou desama-se.
Ao fim e ao cabo, o amor é tão somente uma questão de ler as letras miúdas do contrato que a Vida lhe oferece.
Amor nunca foi sentimento.
Pergunte aos seus avós.




Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.