Então, o Bob perdeu as estribeiras porque a Mortícia assumiu que pratica justiça relativa e ninguém faz nada.
Qual é a novidade? Isso vem acontecendo há tempos diante da sociedade impotente e a imprensa manietada por interesses partidários.
Num ato insano e reprovável ele se viu entrincheirado e atirou uma granada contra a polícia enfileirada na sua janela e feriu dois integrantes. Fez tudo errado. Atingiu quem estava no exercício do trabalho, em que pese o fato de o mandado ser de licitude questionável. Óbvio que ele não está no seu juízo perfeito há tempos. Ofendeu quem não deveria e chamou para si a reação dos árbitros que se excedem todos os dias.
Ele paga o preço, além de suas próprias mazelas, de ter denunciado o Mensalão incrustrado no primeiro governo petista. Vai pagar até morrer por trair os pares. Todo mundo sabe quem ele é e todos já veem quem os outros são.
Sobrou para um cinegrafista que foi hostilizado e agredido por um homem exaltado no local. O fato é que o brasileiro não sabe se opor, sempre foi manso e deu mote para os excessos praticados no cenário nacional.
À medida que se aproximam as eleições muitos fatos como esse podem acontecer se continuar essa escalada de inconstitucionalidades e censura. Ninguém em sã consciência aprova agressões do gênero.
Entretanto, no Brasil não há poder moderador e nenhum integrante da suprema corte foi constituído para isso. Aqui também não há parlamentarismo e nem quarto poder. Eles são indicados por presidentes e passam por sabatina no senado e só.
De novo: se esses desmandos continuarem, a temperatura da beligerância pré-eleição pode aumentar. E os culpados serão aqueles que deveriam zelar pela carta magna e não o fazem. Asco é pouco. Muita vergonha dessa imprensa que trocou o brio pelos favores e não luta pelo princípio básico de existir que é a liberdade de expressão.
Na sequência virão os capítulos da apreensão dos fatos deste domingo para denegrir candidaturas. E o Zé, pária da república e desafeto do Bob, deve estar lá no seu canto rindo.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.