Não tenho frequentado muito as redes sociais, porque o ambiente tá mais pra luta de MMA do que pra troca de conhecimentos, mas tenho procurado comparecer o suficiente para trazer as repercussões das principais notícias da semana, para todos os meus (dois) leitores.
Os destaques ficaram para a primeira viagem internacional no nosso presidente e dos imbróglios em que se meteu seu filho, Flávio.
Sobre o discurso do presidente em Davos, li comentários entusiasmados sobre seus seis minutos de holofote: “Ele falou o necessário”. “Ele falou e disse”. “Ele falou pouco, mas mandou bem”…
Por outro lado, as postagens dos que não gostaram foi de “não sabe falar em público”, “medo de se enrolar e de novo e passar notícias mais furadas do que queijo suíço” (como já aconteceu antes quando falou sobre Previdência, Embraer, IOF, IR). “Calado é um poeta”…
Sobre o fato de ter ido almoçar num quilão suíço sozinho, li todo tipo de comentário. Os adoradores do mito, acham que ele preferiu almoçar num modesto restaurante por quilo, em razão de ser “gente como a gente”. Já os que não depositam confiança nele, estão achando que foi uma pieguice desnecessária, só pra se passar de humilde diante de seu eleitorado.
Outros condenaram a atitude argumentando que é em mesa de restaurante onde rolam os grandes negócios e tais.
Já os mais maldosos, chegaram a dizer que ele não saberia como se comportar diante de uma mesa posta, tendo como referência a ocasião em que ele recebeu em sua casa, John Bolton, o conselheiro nacional de Segurança dos Estados Unidos, para um café da manhã, servido em mesa sem toalha.
Agora o que tá fervendo mesmo, são as notícias sobre o comportamento pouco recomendável do filho, Flávio Bolsonaro.
É visível o mal-estar do presidente em relação a esse assunto, já que prometeu a todos que não admitiria corrupção em sua gestão. Mas as notícias que envolvem o filho em suposta lavagem de dinheiro y otras cositas más, não param de chegar.
No momento em que o assunto Queiróz estava dando uma trégua, vieram as histórias (mal contadas) dos depósitos feitos em sua conta. Logo em seguida estoura a bomba dos milicianos presos no Rio, os mesmos que já foram homenageados por ele na Alerj “pelos inúmeros serviços prestados à sociedade”. E como se não bastasse, afirmou que fez o ato “com orgulho e satisfação”. Foi mal! O ex-capitão do BOPE Adriano Magalhães da Nóbrega e o major Ronald Paulo Alves Pereira, são suspeitos de integrarem o Escritório do Crime, grupo que estaria envolvido na morte de Marielle Franco.
E para completar, além de seu nome estar ligado aos milicianos presos através das homenagens, a mãe e esposa de Adriano Magalhães, trabalharam no gabinete dele até o fim do ano passado. (Sobre isso, Flavinho tirou o seu da reta e pôs imediatamente no do ex-motorista: “ essas nomeações foram feitas pelo Queiroz”).
E como ficava chato Jair Bolsonaro assumir publicamente que sabe das escorregadas do filho, nessa última quarta-feira, lá ainda em Davos, se virou como pôde e declarou: “se ele errou e ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar”.
Que traduzido para o bolsonarês, deve ser mais ou menos isso: “cê vai vê a coça que vai levar quando eu chegar em casa, sua besta”!
OBS: no mesmo dia, o papi resolveu passar a mão na cabeça do menino e desdisse o que tinha dito antes, afirmando que confia no seu filho e que isso era uma tentativa de desestabilizar seu governo.
O tradutor para o bolsonarês interpretou como: olha como tenho de me virar nos trinta pra tentar esconder as cagadas desse moleque!
Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.