Tão logo a pandemia começou, o papo que mais se falava é que a COVID iria se alastrar nos bairros mais pobres da cidade, visto que a população local não teria a mesma “preocupação” dos mais abastados.
Usei a palavra “preocupação” para não mencionar outras que soariam pejorativas, mas é o que as pessoas realmente achavam e ainda pensam assim.
Bom, eis o que saiu hoje no jornal O Globo:
– Copacabana/Leme, Lagoa/Leblon, Ipanema, Rocinha, Tijuca, Vila Isabel e Barra da Tijuca estão no topo das áreas mais perigosas, enquanto o restante do Rio passou para o estágio considerado moderado.
– Dos bairros acima, o que pode ser considerado pobretão é a Rocinha que tem 70.000 habitantes com apenas UM caso da doença e UM óbito por coronavírus, nos últimos 15 dias.
– Convém ressaltar que essa favela tem poder aquisitivo superior a muitas cidades pobres do país. Seria, digamos assim, uma comunidade de “ricos”. Essa opinião é minha e não do jornal.
– A Região Administrativa com altíssimo poder aquisitivo e que tem os bairros de Ipanema e Leblon entre eles, concentrou SETENTA E QUATRO CASOS e DEZ ÓBITOS em duas semanas.
Bom, não vou citar todas as mortes e contaminações, mas fica aqui a dica:
Pode-se comprar tudo com dinheiro, menos inteligência e sabedoria.