25 de abril de 2024
Vera Vaia

Brasil Urgente!


Já é quinta-feira e eu ainda não consegui achar um tema para o texto que devo entregar amanhã de manhã.
Vou dar uma escarafunchada nos jornais e nos sites pra ver se me inspiro,  e começo a ter uma certa depressão. Como escolher entre essas notícias que estou lendo? Não quero parecer o Datena, que segue a linha do quanto pior, melhor!
Não vou escrever sobre os motins, porque já falei deles semana passada e de lá pra cá, morreram só mais uns poucos presos e algumas cadeias foram destruídas. Então,  sem novidades.
Também não vou falar sobre a nova onda de incêndios em ônibus, comandadas pelas facções criminosas de dentro das cadeias, deixando a população que já sofre bastante com o transporte público, a pé.
Menos ainda pretendo escrever sobre o forfé que os usuários de droga (parece que seria politicamente incorreto chamá-los de nóias), provocaram depois que a polícia invadiu a Cracolândia em São Paulo. E em meio a correria, grupos onde se misturavam traficantes, usuários e vândalos em geral, começaram a invadir lojas e a saquear tudo o que viam pela frente, deixando seus proprietários, aqueles que deram duro a vida toda, com uma mão na frente, outra atrás.
Outra notícia a qual não pretendo comentar, é sobre a ousadia dos bandidos que agora praticam assaltos à mão armada dentro dos shoppings. Sim, lá mesmo nos shoppings onde os pais deixam seus filhos se encontrarem com os coleguinhas, por julgarem ser um lugar seguro.
Outros sites me trazem notícias de terremotos na Itália deixando na rua, milhares de amici debaixo de dois metros de neve, e de mais naufrágios de refugiados que morrem às pencas, afogados ou congelados, sem falar das mortes daqui provocadas por febre amarela, malária, zika, chikungunya e por outros bichos.
Chega de notícia ruim, viro a página do jornal, entro no caderno de política e encontro o quê? Encontro aquele jogo sujo que os políticos praticam a céu aberto, pra ter o seu lugar ao sol. Vejo lá um Rodrigo Maia se acertando com o PCdoB e a turma do mal só pra não ter de desocupar o trono.
Não que eu tenha ficado decepcionada com isso, porque nunca esperei coisa melhor dele, mas fico enojada quando um político começa a dar aquilo pro diabo, pra conseguir seu intento. Como confiar nas suas atitudes depois disso?
Cheguei a me entusiasmar um pouco com a notícia da prisão do Guilherme Boulos, aquele arruaceiro líder do não menos arruaceiro, grupo denominado MTST. Sabe, aquela turminha que invade terra dos outros, incentivada pelos seus líderes, e que depois vai fechar estradas queimando pneus em sinal de protesto, paralisando um país inteiro?
Sobre isso, aplaudi a declaração do Senador Ronaldo Caiado: “o Estado está deixando de ser conivente. Faz muito tempo que esse sujeito vem incitando o vandalismo nesse país”!
Mas daí vem aquela senhora que devia estar fazendo um crochê em casa, e declara na maior cara dura” “a prisão de Guilherme Boulos, do MTST, fere a democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo”.
O que será que ela entende por “democracia” ou por “direitos sociais”? Vandalizar é um direito social? Nos poupe, dona!
Mas mesmo sendo solto horas depois, gostei de ver que pelo menos por um tempo, esse Boulos teve um teto.
Opa! Agora parece que encontrei uma notícia mais animadora: em poucos dias o juiz do Supremo, Teori Zavascki deverá homologar os 900 depoimentos obtidos dos 77 executivos da Odebrecht. Muita lama vai rolar, e segundo os Procuradores, um depoimento em especial, o do Marcelo Odebrechet, será “bombástico”!
Será que finalmente vamos ver o Lula lá?
PS: Quando termino o texto, ligo a TV e vejo a notícia do acidente (?) aéreo que matou o Relator da Lava Jato, o juiz Teori Zavascki.
Diante disso retiro a pergunta acima!

Vera Vaia

Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.

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Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.

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