24 de abril de 2024
Colunistas Sylvia Belinky

Glicínias no caramanchão – falei chinês? Não, japonês!

Li na crônica de uma amiga também cronista aqui, onde escrevemos semanalmente, que ela ganhou uma muda de glicínia e plantou. Eu também ganhei uma, de uma amiga querida que morava em Campos do Jordão – a dela veio do Ceará que, em termos de clima, não poderia ser mais oposto ao de onde veio minha muda…

Cuidei dela com muito carinho que, a princípio, me pareceu meio renitente em “pegar” aqui em São Paulo.

Para quem não manja de plantas, coloquei aqui, de ilustração, um caramanchão confiando que pouca gente deva saber o que significa isso – a palavra é antiguinha e o conceito também, mas o efeito continua sendo… sensacional!!

A glicínia é uma trepadeira que, não obstante sua beleza deslumbrante é… selvagem!!

E, como mudei de casa, ela, como que para se despedir de mim, se encheu de cachos roxos de flores, lindos, e além de invadir meu próprio telhado, passou a invadir o do vizinho – problema que, felizmente, deixou de ser meu!!

Contei a respeito dela para minha cunhada que ficou eletrizada: “Também quero uma muda!” Ela tem um terraço lindíssimo no apartamento dela – um terraço certamente me parece pouco para essa… “espaçosa”!

Contei a ela da ferocidade da trepadeira e ela não se convenceu: “Quero uma muda!”

Tirei a tal da muda, trouxe para cá, na minha nova casa e não plantei ainda, deixei as duas mudas (seguro morreu de velho…) num algodão molhado – e os galhos entrelaçados permanecem com “cara de que vão pegar”…

Aguardem mais notícias!!

E um recado para minha amiga cronista que não está desistindo dessa renitente fênix – que está se refazendo da “poda” que ela lhe deu: jardins privativos na cidade dificilmente comportariam esse tipo de trepadeira…

A não ser talvez no Japão, onde vi essa selvagem domada em arranjos maravilhosos: a proverbial “paciência oriental” será necessária!!

Oooooopppppppsssss…

Sem querer escrevi outra crônica sobre o mesmo assunto, mas dizem os orientais que “não existem coincidências” e eu também estar lidando com uma muda – duas, na verdade – de glicínia… é mesmo porque ela é extraordinariamente bonita – e eu achei que também devia falar de flores, assunto tão raro nos dias de hoje!

Sylvia Marcia Belinky

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

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