28 de março de 2024
Colunistas Priscila Chapaval

Um ano de pandemia. Um ano seguindo os protocolos…

Um ano sem abraçar meus queridos amigos e familiares. Só abraço e beijo os cachorros e gatos que são imunes ao coronavírus.

E nesse um ano uma das coisas que mais me entristeceu pelas minhas caminhadas por ai, foi o olhar das crianças usando máscaras. Um olhar triste e assustado, sempre segurando nas mãos das mães ou pais. Ou assustadas por nos verem de máscaras, óculos escuros e bonés. Tadinhas…

E falando em um ano sem abraçar nenhum ser humano, aconteceu uma coisa interessante comigo.

Fui fazer meu check-up anual a pedido do meu médico clinico e entre tantos exames pediu exames de imagem. Fui ao Laboratório fazer e qual foi minha alegria quando me deram um avental descartável e com mangas compridas. Pensei… com esse treco posso abraçar os outros. Mas só que não. Precisava de um outro avental para poder oferecer a pessoa e mandar ver.

Fiquei amiga da atendente. E contei para ela minha vontade de sair abraçando as pessoas queridas mas isso era quase impossível. Só se eu tivesse mais um avental. E não é que ganhei um outro novinho, dentro do plástico?


Trouxe os ditos cujos para casa e pensei…quem será o primeiro ou primeira a abraçar?

Não vinha ninguém na minha cabeça. Na verdade queria abraçar pessoas que já se foram como minha mãe, meu pai, minha irmã Clariza, minha madrinha.

Era delas que eu sentia saudades e para tal não havia necessidade de nenhum avental cirúrgico e sem perigo de contaminação.

Essa pandemia nessa atual fase de horror está mexendo com a cabeça de muita gente inclusive a minha. Tem momento que estou ótima e de repente sinto uma angústia, ou medo ou insegurança.

Quando soube pela Unifesp que já tinha tomado as duas doses da vacina da Oxford/Astrazeneca me deu um alívio. Desde outubro já tinha tomado e já estava imunizada.

Que nada! Novas cepas aparecem e uso máscara, álcool em gel, distanciamento social. E no geral ninguém dá bola. Com os hospitais de 1a. linha com as UTIs lotadas talvez alguns grupos se portem de outra maneira mais protocolar.

E últimas chuvas dessa semana me assustaram. Do lado da minha casa tem para-raios e mesmo assim desliguei tudo das tomadas. Os trovões me assustaram, pareciam dinossauros lutando no céu.

Pensei nas pessoas que não levam a sério a pandemia, pessoas que destroem a natureza, pessoas corruptas, pessoas ricas que só pensam nelas mesmas, pensei na absurda diferença social desse pais.

Está na hora de melhorar. O Universo está raivoso. Vejam as mudanças climáticas que atuam rapidamente. A cor do céu.

Confesso que estou preocupada.

Usem máscara no seu rostinho lindo, não no queixo ou pescoço. Limpe suas mãozinhas lindas com álcool em gel ou lave-as sempre que puder. E distanciamento social.

Vejam meu caso, mesmo com o aparato certo para abraços, não tenho vontade de contaminar ninguém e nem ser contaminada.

Você pode ser contaminado sim, e os efeitos da Covid te levam a tratamentos longos como fisioterapia etc e tal.

Vamos ser bonzinhos e ajudar a ciência?

As vacinas estão ai e logo teremos os 70% da população imunizada. Faltam poucos meses.

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

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