Eu tive duas:
1) Dona Maria Luisa que me preparou para o exame de admissão. Não era lá muito simpática ou carinhosa, era apenas uma professora que exigia o máximo dos alunos. Era aula de tarde no primário e com ela todos os dias pela manhã. Quando ela soube que eu consegui passar para o Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, caíram duas lágrimas dos olhos dela.
2) Dona L…, não lembro mais do seu nome, só que começava com a letra “L”. Dava aula de Português de óculos escuros, porque, quando morou na infância não sei onde sem energia elétrica, lia de madrugada com vela e isso prejudicou a sua visão. Ela sabia que eu era estudiosa, mas um fracasso na nossa língua. Certa vez me mandou ir ao quadro com algumas frases escritas para identificar qual delas tinha objeto direto e o indireto. Eu não tinha ideia, mal sabia o que era sujeito e predicado. Quando ela percebeu que eu iria chorar, me dispensou.
Acabada a aula, era a última, ela me chamou e disse que na próxima, eu iria sair mais tarde, pois ela iria me dar uma aula de análise sintática. Finalmente aprendi alguma coisa. Na prova mensal seguinte uma única questão: fazer a análise sintática da música “Eu e a Brisa”. Tirei 8. Há algum tempo tentei fazer esse exercício e só fiquei no sujeito e predicado, Esqueci tudo. Ah sim, menos o OD e o OI.
São pessoas assim que fazem a diferença na vida da gente.
Yvonne Dimanche
Qual professor marcou a sua vida?
- Por O Boletim
- 17 de outubro de 2019
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