25 de abril de 2024
Yvonne Dimanche

Mulheres no poder


Amigos, li hoje no jornal que uma mulher agora é a reitora da UFRJ. Li também que a Ministra Goiabeira convidou mulheres para ocuparem seis de suas nove secretarias. Um papinho sutil de uma delas afirma que nós mulheres precisamos dialogar com os homens, pobres sofredores nas mãos das feministas.
Caramba! Há dez mil anos os homens conversam entre si e nunca nos chamaram para o papo. Conversaram tanto que na Grécia, o berço da civilização ocidental e do conceito de democracia, os homens transavam uns com outros. Provavelmente nem deviam ser gays. É que mulher não prestava nem para fazer sexo, apenas para procriar.
Felizmente tenho a sorte de conhecer homens maravilhosos e nada machistas truculentos. Infelizmente leio depoimentos de famosas e formadoras de opinião de que o feminismo foi um movimento radical. Precisa haver um entendimento entre homens e mulheres. Concordo bonecas, mas, lembrando Garrincha, já combinaram com os russos?
Já combinaram com os soldados vencedores de uma guerra que é maldade estuprar mulheres e meninas do país perdedor? Já combinaram com os cornos e nem sempre cornos, que não podem matar suas companheiras, namoradas, esposas, porque elas não querem mais um relacionamento que não lhes interessa mais? Já combinaram com os patrões que pagam menos para as mulheres e ficam com receio de empregá-las, por conta de licença-maternidade, filhos, etc?
As novas mulheres empoderadas que só começaram a ser gente, por causa do feminismo radical das décadas de 1960 e 1970 têm razão, precisamos conversar com os homens. Resta saber se eles querem conversar conosco.
Sob certos aspectos, sou tremendamente machista, muito machista, bem machista. O meu problema é a intolerância com algumas mulheres que eu simplesmente desprezo, mas nunca, jamais, em tempo algum deixarei de ser feminista.
Ah sim, eu amo os homens da minha vida.

O Boletim

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