Amigos, quando minha mãe teve AVC, ela ficou dois meses na UTI, um mês no quarto do hospital e depois quase um ano de homecare.
No período da UTI, chegou uma hora em que nem ouvíamos mais o que os médicos de plantão falavam. Eu e meu irmão simplesmente íamos embora. Ouvir o quê? Que ela viveria em estado vegetativo ou que nem conseguiria mais respirar por conta própria? Já estávamos conformados.
Ainda assim, deixamos um Santo Expedito na cabeceira da cama dela na UTI e nessa uma hora diária da visita, batíamos papo com ela e pedíamos a Deus que ela melhorasse.
Bom, ela sobreviveu a tudo isso e a única sequela foi a falta de sensibilidade na sola do pé direito. Impossível alguém andar desse jeito e ficou na cadeira de rodas. Nunca perdemos a fé, mas ela tinha a assistência médica que eu pude fornecer com o meu plano de saúde.
Eu creio mais na força da fé do que na ciência, mas até a página 30. Rezar é bom, aliás tudo que eu recebo de positivo, eu faço. Eu acredito em Deus e prefiro morrer do que deixar de crer. Não conseguiria ser ateia.
No entanto, peço a vocês que rezem, que façam tudo para melhorar a vida de vocês e o mundo, mas não saiam por aí abraçando meio mundo.
Ninguém está imune. A melhor prevenção é o isolamento, infelizmente. Um dia sairemos dessa.
Colunistas
Yvonne Dimanche
Estamos todos em homecare
- Por O Boletim
- 4 de abril de 2020
- 0 Comentários
- 1 minute read