13 de outubro de 2024
Yvonne Dimanche

Despedida de Guarapari (2)

/…/
(repetindo os dois primeiros parágrafos do Despedida 1):
Amigos, agora é preto no branco. Vou voltar para o Rio de Janeiro. Não digo que estou feliz, apesar de saber que ficarei brevemente. Eu tenho dificuldade de me separar das pessoas. As vantagens são imensas, mas quando eu penso nos sonhos que o meu marido e eu tivemos ao vir para cá, no nosso apartamento que é maravilhoso com vista para três praias, o coração dói. Isso não é problema. Os parentes e amigos são mais importantes do que qualquer coisa.
Felizmente não cortarei o vínculo com a cidade. Isso posto quero agradecer a algumas pessoas:

Foto: Arquivo Google – Gazeta Online

4 – Dr. Renato, veterinário querido. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, um médico não cobra consulta de pacientes terminais. Não sei se ainda é assim, pois agora eles são uma nação poderosa. Quando nosso cachorrinho Bolinha estava em seus últimos momentos de vida, ele vinha aqui em casa, nem chegava a receitar remédio algum e não cobrava nada. Ele já tinha dito que não tinha mais jeito, mas vinha assim mesmo sabendo do nosso desespero. Um amor em nossas vidas.
5 – A fauna local. Todos os dias bem-te-vis fazendo da nossa varanda um motel. Machos gritando de saudades das fêmeas, fora outros pássaros, inclusive corujas, mas o que dói mesmo vai ser a saudade das tartarugas fazendo gracinhas no mar.
6 – As nuvens poderosas e algumas vezes assustadoras do ES. Saudade de olhar para o céu e ver um monte de figuras. Só tive essa alegria na infância por ter morado em uma rua com apenas um prédio alto, depois só aqui em Guarapari.
Bom, saudades bobas, mas saudades minhas. Amanhã, se conseguir, direi outras, mas não sei se vou aguentar. Até agora não comentei nada sobre os amicíssimos do peito.
/continua…/

O Boletim

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