16 de abril de 2024
Yvonne Dimanche

Poço sem fundo

Foto: Arquivo Google – vox brasilis

Amigos, vou fazer um desabafo. Desafio qualquer um de vocês a me mostrar um post sequer em que eu comentei ter saudades da ditadura. Foram os melhores anos da minha vida como PESSOA JOVEM, mas nunca como BRASILEIRA E CIDADÃ.
Acompanhei algumas coisas esquisitas (Maria Aparecida e Rejane, lembram das operações simbólicas?), não coloco a mão no fogo por nenhum militar e muito menos nos satélites que os rodearam como Sarney e tantos outros.
No entanto, eu estou pasma com o tanto de patifaria que temos aguentado DIARIAMENTE. Todo dia é uma porrada na cara. A sensação é de estarmos em alto mar rodeados de tubarões e sem um pedacinho de madeira para segurar.
Tá, alguém vai dizer que naquela época já tinha corrupção. Não sou ingênua, corruptos e corruptores existem em todos os países do mundo, mas em nosso país já está virando uma instituição. É uma promiscuidade entre os três poderes que está botando no chinelo as loucuras do tempo do Império Romano. Calígula ficaria tímido perto das nossas autoridades.
Ah Yvonne, a gente não sabia de nada, porque tudo era censurado, mas de um jeito ou de outro tomávamos conhecimento de alguma coisa. Quem tinha um pouco mais de interesse sabia sim o que acontecia.
Todos os dias eu digo para mim mesma que chegamos no fundo do poço. CARVALHO! Que poço é esse cujo fundo nunca acaba. Estou muito desanimada, triste, envergonhada de tudo. Eu faço um esforço sobrenatural para continuar acreditando no meu país, mas tá difícil.
Estou com saudades das pessoas que me educaram e me ajudaram a ser o que eu sou. Parentes e amigos que me mostraram a importância de ser honesto e ético. Estou com saudades do Brasil que eu queria. #prontofalei.

O Boletim

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