28 de março de 2024
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Dialeto Dilmês

 
A senhora presidenta anunciou que a mosquita pica e dá Zika. Os mosquitos machos – e, pelo jeito, petistas -, voam por aí sem saber de nada, como se não houvesse amanhã.  Emponderamento feminino? Imagina, que papinho ultrapassado. O grande lance do ideário PT é ser homem, raça feliz que ignora tudo capaz de perturbar a sua testorena. Não é que, inclusive, existe um hômi-macho petista que se deu ao desfrute de esquecer o próprio endereço? Falo hômi-macho para não confundir com mosquito macho, que só avoa. De resto, também não se lembra para que serve.
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Dona Dilma também avisou que ela, coitada, está administrando uma herança maldita. Os três últimos governos simplesmente se lixaram para o saneamento. Bem, que a culpa é do FHC, ninguém duvida. O quê, meu Deus, não é culpa do FHC neste país? Mas não custa avisar à excelsa mandatária que os três últimos governos foram do Partido dos Trabalhadores e é por esta razão que a mosquita pica, o mosquito não sabe de nada e o país agoniza.
Dito isto, embarco na onda da mosquita que pica e homenageio a nossa  presidenta, que lava e enxagua o meu coração com água mineral Perrier cada vez que abre a boca.  Dona Dilma é uma intelectual requintada. Assim, hoje, escrevo no dialeto dela. Se pisar na bola, peço perdão, mas falar e escrever em Dilmês não é para qualquer um. Há que se ter cachola. Uma dica – simples, diante da sofisticação do dialeto -, é ficar antenado(a). Se a palavra pede artigo feminino, também termina no feminino. Idem no masculino. Às vezes, dá certo. Às vezes, não. A isto os linguistas chamam de Dialeto Dilmês.
Senhora presidenta, amei a mosquita que pica e dá Zika. A senhora notou que brincando, brincando, fez um verso? Meio pornô, mas fez. Quanta criatividade. Nós, o seu povo e a sua pova, ficamos emocionados(as) com tanta erudição. Acredite, a madama é supimpa, o orgulho da nação.
Apesar da beleza de seu palavrório, permanecemos sem saber qual é a verdadeira causa da Zika. A mosquita? A pesticida utilizada para matá-la? Reporto-me à mosquita, não à senhora, por favor.  As vacinas cubanas com data de validade vencida?
Vamos combinar: a mosquita e seus 400 ovos foi uma jogada genial. Jamais imaginei que um bicho tão pequenino fosse capaz de botar tanto ovo. Que  loucura… Já pensou se a mosquita fosse uma galinha, o lucro das granjas? Ou o tamanho das larvas? Deus nos livre… Em compensação, se a mosquita tivesse o tamanho de uma galinácea seria fácil combater a Zika, não é? Bastava metralhar todas. Enfim,  estou tergiversando. Interessa-nos, agora, apenas a mosquita.
A senhora também alertou ao seu povo e à sua pova que seria importante matar as mosquitinhas antes de elas nascerem. Pode parecer cruel, assassinato e coisa e tal. Mas é por essas e outras que me ufano de meu país. O pessoal por aí pensando que somos Quinto Mundo, pobres e inguinorantes e nós, olha só, dando show de bola: conseguimos provocar aborto em mosquitas, procedimento da mais alta tecnologia. Deve dar a maior mão de obra. Imagina, só segurar a mosquita… Novamente, o mundo se curva ante ao Brasil. Os(as) nossos(as) os(as) veterinários(as) são os(as) mais especializados(as) da galáxia.
Encerro aqui o laudatório em homenagem à vossa excelência e à sua extraordinária capacidade oratória.
Vovô viu a uva.
Ivan tem medo do sapo.
Mosquita pica e dá Zika.
Presidenta, conosco ninguém podemo. Nóis semo apenas o máximo.

bruno

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