28 de março de 2024
Turismo

Palácio Nacional de Queluz

Dentre os palácios que tive a oportunidade de visitar em Portugal, nenhum me encanta tanto quanto o Palácio Nacional de Queluz. Foi amor à primeira vista, anos atrás, e acho que esse monumento histórico conjuga fatores que o tornam tão especial: a arquitetura é muito bonita (neoclássica com ornamentação barroca e rococó), inserida em jardins caprichadíssimos; é relativamente pequeno para um palácio, o que dá uma impressão de “escala humana”; e é diretamente ligado à história do Brasil.

Palácio de Queluz e seus jardins exuberantes. (Fonte: Mônica Sayão

E ainda há um motivo muito particular para eu gostar muito de lá, que é ser pouco visitado, sem aquele tumulto de pessoas se esbarrando pelas salas do palácio, como o Palácio da Pena por exemplo.

Uma parte dos lindos jardins do Palácio de Queluz. (Fonte: Mônica Sayão)

O Palácio de Queluz está localizado na cidade de Queluz, a cerca de 15km do centro de Lisboa e a 16km do centro de Sintra. O início de sua construção data de 1747, para ser residência de verão da Família Real.

Após o incêndio do Palácio da Ajuda em 1794, onde a Família Real vivia desde o grande terremoto de 1755, o Palácio de Queluz passou a ser a residência oficial da monarquia. Assim foi até 1807 quando D. João VI e família se mudaram para o Brasil.

Quando D. João VI retornou em definitivo a Portugal em 1821, o palácio voltou a ser habitado por D. Carlota Joaquina, em regime de semi exílio, por ter conspirado contra seu marido.

Foi também no Palácio de Queluz que D. Pedro I (D. Pedro IV para os portugueses) nasceu (1798) e morreu (1834). Na altura de sua morte ele já havia abdicado do trono de Portugal em favor de sua filha, D. Maria II, porque estava doente.

Palácio de Queluz: detalhe de mais uma fonte. (Fonte: Mônica Sayão)
Palácio de Queluz. (Fonte: Mônica Sayão)

Vamos aos destaques de seu interior?

Sala do Trono: é a maior das salas de cerimônia do palácio. Foi construída por volta de 1770 e suas portas/janelas se abrem diretamente para os jardins. Impressiona!
(Fonte: Mônica Sayão)
Sala do Trono: lustres lindos e decoração rococó. (Fonte: Mônica Sayão)
Sala dos Embaixadores, originalmente chamada de Sala dos Serenins (saraus onde pessoas reais cantavam). A pintura central do teto mostra a Família Real assistindo a um concerto. A partir de 1794 passa a ser a Sala dos Embaixadores para audiências, beija-mão e homenagens ao monarca.
(Fonte: Mônica Sayão)
Sala dos Embaixadores: detalhe da pintura do teto com a Família Real assistindo a um sarau. (Fonte: Mônica Sayão)
A Capela Real, de 1752, é muito linda. (Fonte: Mônica Sayão)
Outro ângulo da Capela Real. (Fonte: Mônica Sayão)
O Corredor dos Azulejos tem suas paredes completamente revestidas por azulejos, que representam cenas da mitologia clássica,
cenas de caça, as estações do ano e os continentes. Muito lindo!
(Fonte: Mônica Sayão)
Corredor dos Azulejos: exemplar das várias charretes usadas pela realeza para passear nos jardins do palácio. (Fonte: Mônica Sayão)
Sala do Despacho: que tapete lindo. (Fonte: Mônica Sayão)
Tapete e piso primorosos! (Fonte: Mônica Sayão)
Detalhe do piso do quarto de D. Pedro I (ou D. Pedro IV): mais um piso sensacional. (Fonte: Mônica Sayão)
Sala do Toucador: sala de vestir da Rainha. Outro piso maravilhoso do palácio. (Fonte: Mônica Sayão)
Pavilhão Robillion é a estrutura ao fundo, que faz parte do palácio. O mais interessante é que a escadaria leva ao Canal dos Azulejos, de onde tirei essa foto.
O canal tem 115m de comprimento e atravessa os jardins de Queluz de norte a sul. Era nesse canal, quando cheio é claro, que a Família Real passeava de barco apreciando os jardins e os grandes painéis de azulejos. À noite o canal era todo iluminado com tochas.
(Fonte: Mônica Sayão)
Canal dos Azulejos, com seus painéis revestindo tudo. (Fonte: Mônica Sayão)
O Pavilhão Robillion visto de outro ângulo. (Fonte: Mônica Sayão

Ainda haveria muitas outras salas e recantos para mostrar. O Palácio de Queluz é um desses lugares imperdíveis quando estiverem em Lisboa. Recomendo demais!

Mônica Sayão

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”

    2 Comentários

    • LEILA MARIA PEREIRA VIEIRA 13 de novembro de 2021

      Monica, maravilha de palácio, provavelmente terei visitado, mas sinceramente não me lembro de absolutamente nada. Preciso, com urgência, quando possível ir a Lisboa, incluí-lo na minha visita porque realmente vale a pena. Suas não preciso destacar porque como sempre estão magníficas. Beijos

    • Mônica Sayão 20 de novembro de 2021

      Leila querida!

      O Palácio de Queluz é imperdível! Voltei lá depois de vários anos sem ir, e adorei como se fosse a primeira vez.

      Muito obrigada pelo carinho!

      Bjs
      Mônica

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